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É
verão, hora de mexer o esqueleto e aproveitar
os cursos oferecidos no primeiro semestre de 2003 pelo Cepeusp (Centro
de Práticas Esportivas da USP) . Quem há mais de 25
anos participa de práticas esportivas na unidade garante
que alto astral e sociabilidade não faltam nos diveros grupos
esportivos. “Sinto-me muito bem, não só pela
prática de atividade física. As
pessoas com as quais faço ginástica mantêm amizade
desde 1976”, diz o diretor administrativo aposentado do Instituto
Oceanográfico Henrique Valado. A programação
do semestre já está fechada e inclui atletismo, boxe
educativo (masculino e feminino), canoagem, capoeira, ginástica
olímpica, natação, remo, ioga, futebol, caminhada,
alongamento, musculação e muitos outros (confira a
lista nesta página). A programação também
visa a atender o público externo. Por isso, se você
é um interessado, fique atento aos prazos de inscrição
e confirmação de matrículas (leia abaixo).
O público infanto-juvenil, portadores de necessidades especiais
e idosos têm à disposição um programa
adaptado. Todas as atividades começam em 17 de fevereiro.
Vale
lembrar que ainda dá tempo de participar de alguns programas
especiais de verão. É o caso do Projeto Acqua, que
teve o prazo de inscrição prorrogado até 17
de janeiro, ou até terminarem as vagas, segundo a coordenadora
Maria de Lourdes Areias Mendes. Trata-se de atividades aquáticas
que incluem natação para diversos níveis, saltos
ornamentais, hidroginástica, caminhada na água e deep
running (corrida aquática em piscina funda). Para se inscrever,
a comunidade USP paga R$ 20,00 e o público externo, R$ 40,00.
O curso de Mergulho Autônomo, que também faz parte
do Projeto Acqua, ainda tem vagas disponíveis e as inscrições
custam R$ 80,00 para a comunidade USP e R$ 100,00 para o público
externo.
Alguns
cursos do programa Férias Radicais tiveram tanta procura
que foi necessário aumentar o número de vagas. É
o caso de Rafting e Canoa Havaiana, modalidade de canoagem muito
conhecida no exterior e que está começando a virar
moda no Brasil. Felizmente, novas fases de inscrições
serão abertas ao longo do ano, afirma o professor Christian
Clausener, que também coordena o curso de canoagem durante
o semestre.Informações para todas as atividades podem
ser obtidas na sala 7 do velódromo, das 8h às 16h30.
Sexo
Frágil
As
aulas de boxe são dadas no Cepê desde 1978, mas foram
abertas ao púlbico feminino há três anos por
pura casualidade, garante o professor e coordenador das classes
de boxe educativo, Luiz Carlos Fabre. Uma garota, que acompanhava
alguns amigos freqüentadores do curso, não quis ficar
“de lado” só assistindo à aula, como sugeriu
o professor Fabre: “Por acaso o senhor é machista?”,
perguntou. “Não há limitações
à participação feminina neste esporte. Concordei
com que ela participasse e isso serviu de chamariz para outras mulheres.
Atualmente, eu tenho até que impor limite senão o
número de mulheres supera o de homens”, conta Fabre.
Para ele, a grande procura do público feminino deve-se ao
condicionamento físico requerido pelo esporte. Para começar,
fazer abdominais e pular corda são atividades essenciais
no treinamento, proporcionando boa perda calórica e combate
à flacidez. E é justamente a ambição
de ter barriga e bumbum “durinhos” um dos principais
atrativos que levam as mulheres às academias. Mas além
do condicionamento físico, o boxe dá ao praticante
enorme senso de equilíbrio corporal, postura e agilidade
de deslocamento, diz o professor.
Ao
contrário do que se pensa, o sexo frágil leva vantagem
no aprendizado do boxe. “A flexibilidade da mulher é
muito maior e sua velocidade de aprendizagem pode ser comparada
à da criança, nesse caso. O homem é muito duro
nos movimentos. Às vezes fica até chato; ele passa
vergonha porque a mulher aprende muito mais rápido. Os papéis
se inverteram. É o homem que fica tímido nas aulas”,
diz o professor. Para a comunidade externa, o curso só é
oferecido na categoria infanto-juvenil.
Todas
as Idades
Iniciar
sedentários ou principiantes na prática do esporte
é um dos objetivos do curso de caminhada e alongamento, coordenado
pelo professor Paulo de Aguiar Prouvot. “Oferecemos
orientações para que a pessoa adquira o hábito
de uma atividade física autônoma. Ensinamos cuidados
e a técnica correta de andar, o ritmo e intensidade que ela
deve imprimir ao movimento. O objetivo é chegar ao ponto
que a pessoa não precise mais de um orientador para praticar
essa atividade”, diz o professor, que também dá
aula de ginástica masculina.
Prouvot,
um dos professores veteranos do Cepê, conta que a unidade
já passou por muitas transformações e melhorou
gradativamente sua estrutura desde o início das operações,
em grande parte devido ao aumento da freqüencia de público.
Mas critica o fato de as piscinas ficarem fechadas durante cerca
de quatro meses ao ano, no período de inverno e chuvas. “Qualquer
grande clube ou universidade do porte da USP tem estrutura para
que o complexo aquático permaneça aberto e aquecido
durante o inverno”, diz.
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