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© Cecília Bastos

Para muitos estudantes do último ano do ensino médio, o passo seguinte é escolher uma profi ssão. Devem também selecionar uma faculdade e um curso superior. Só na USP, a escolha pode ser feita entre mais de 200 opções de cursos de graduação. Para ajudar nessa difícil decisão, a USP promoveu entre os dias 9 e 11 passados a 2ª Feira de Profi ssões, parte do programa A Universidade e as Profi ssões, uma iniciativa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária voltada para divulgar as carreiras e profi ssões oferecidas pela Universidade e as potencialidades de cada uma para os estudantes, principalmente de escolas públicas.

“O aluno normalmente conhece as profi ssões mais tradicionais, como engenharia, direito, medicina e odontologia. Queremos que ele conheça também o perfi l de outras profissões, para que possa fazer uma escolha adequada na busca do conhecimento em nível de excelência”, disse o pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária, professor Sedi Hirano. “Qualquer tipo de conhecimento que o mundo moderno oferece é encontrado na USP.”

© Cecília Bastos
Hirano, Lajolo e Selma: oportunidades

Para Hirano, isso ajuda a diminuir o índice de insatisfação dos estudantes com os cursos e, conseqüentemente, a evasão. Também acredita que a feira permite aos estudantes conhecerem a infra-estrutura da USP e perceberem que a Universidade está aberta para recebê-los. “No ano passado, na primeira edição da feira, descobrimos que boa parte dos alunos que vêm das escolas públicas nem se inscreve para o exame vestibular da USP. Queremos mudar isso.”

Para a pró-reitora de Graduação, professora Selma Garrido Pimenta, iniciativas como o Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) – que concede acréscimo de 3% na nota do vestibular para alunos oriundos de escolas públicas, entre outras medidas – vão ampliar o número de alunos vindos do ensino público. Segundo a pró-reitora, a média da evasão chega a 10%, mas há uma grande variação de acordo com os cursos de graduação. Entre os motivos para a desistência estão a difi culdade de se manter na Universidade e a decepção em relação às expectativas que os alunos tinham do curso escolhido. O vice-reitor Franco Maria Lajolo, que também esteve na 2ª Feira de Profi ssões, elogiou a iniciativa, afi rmando que é “uma oportunidade de a Universidade conversar com outros níveis de ensino”.

Os visitantes da feira puderam tirar dúvidas nos estandes montados no vão dos prédios dos Departamentos de História e Geografi a, na Cidade Universitária. Cada unidade chamou a atenção para seus cursos de maneira criativa, com cartazes, fotos, folhetos, sismógrafo e maquetes. Três corredores foram formados, cada um deles destinado a uma das três grandes áreas do conhecimento – humanas, biológicas e exatas – e a curiosidade chegou a todos eles.

© Cecília Bastos
Os muitos alunos do ensino médio que visitaram a feira puderam tirar dúvidas nos vários estandes montados

No estande da Faculdade de, Medicina, a preocupação maior da estudante Priscila Aparecida de Souza, de 17 anos, da Escola Estadual Alberto Torres e aspirante a médica, eram as aulas práticas de anatomia. Priscila conta que escolheu prestar vestibular para Medicina por influência da mãe, que trabalha na área de saúde, mas diz que ainda está indecisa. Não descarta a possibilidade de mudar de curso e prestar, por exemplo, Agronomia. A dúvida em relação a áreas tão diferentes pode parecer estranha, mas refl ete a indecisão de muitos estudantes que participaram do evento. Priscila acredita que a feira a ajudou a conhecer os dois cursos, para fazer uma melhor escolha.

Os amigos Levi de Oliveira Sanches, de 18 anos, Larissa Reimberg Silva e Janaína Santos, ambas de 16 anos, pegaram carona com a mãe de um deles para conhecer a feira. Indeciso como outros estudantes, Sanches se divide entre Sistema da Informação, Relações Internacionais e Artes Cênicas. Depois de conversar com os universitários e professores, acha que está mais bem preparado para fazer sua escolha. Larissa, que pretende prestar Turismo ou Marketing, acredita que, além de gostar da área, o mercado de trabalho promissor é uma das questões que determinam sua escolha.

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