Ciganos: narrativas diaspóricas e transnacionalismo

Narrativas Diaspóricas e Transnacionalismo

Conhecer e analisar as narrativas diaspóricas dos grupos ciganos, identificando as noções de origem, vínculos territoriais e projetos transnacionais. Múltiplas são as rediasporizações, sem lugar de retorno, conduzindo a novas formas de pensar sobre diásporas e territórios e problematizando a questão do enraizamento. Por se tratar de uma comunidade étnica dispersa, com experiências distintas, buscamos a cooperação com pesquisadores brasileiros e estrangeiros, principalmente ciganos, de diversas áreas do conhecimento, por meio da criação de um grupo de estudos, possibilitando assim uma abordagem interdisciplinar de um campo complexo e pouco explorado. Dentre as atividades do grupo, consta a criação de uma revista anual dedicada aos Estudos Ciganos- LEER-USP.

Marcos Toyansk: Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo, com estágio de pesquisa no Institute of Ethnology and Folklore Studies with Ethnographic Museum at Bulgarian Academy of Sciences, em Sofia. Realizou estágio de pesquisa pós-doutoral na Universidade de Sevilha, Espanha.

Marcos Toyansk: doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2012), com estágio de pesquisa no Instituto de Etnologia e Folclore e Museu Etnográfico de Sófia, Bulgária. Mestre em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo (2007). Realizou estágio de pesquisa pós-doutoral no Departamento de Antropologia da Universidad de Sevilla (2015-2016), sob a supervisão da professora Manuela Cantón-Delgado e com apoio da Capes. Membro do conselho diretor da Gypsy Lore Society (EUA). Membro da NAIRS – Network of Academic Institutions in Romani Studies (Suécia). Membro do Fórum Permanente sobre Genocídio e Crimes contra a Humanidade (USP-OAB). Autor de diversos artigos e coeditor de “Ciganos: olhares e perspectivas” (UFPB, 2019). Participou como palestrante de eventos sobre ciganos em diversos países da Europa, Estados Unidos e Brasil. Pesquisador em Ciências Sociais e Humanas no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP. Consultor de documentários e do Memorial do Holocausto sobre ciganos. A família paterna tem origem romani do oeste da Europa.

Aline Miklos: doutoranda em História da Arte na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) e na Universidade de São Paulo (USP). Ela obteve seu Bacharelado em História (USP) em 2007 e seu Mestrado em História da Arte (EHESS) em 2009. Em novembro de 2019, foi uma Minority Fellowship nas Nações Unidas e fez um curso em Genebra (ONU) sobre Minorias e Direitos Humanos. Ofereceu conferências em vários países sobre a Cultura Romani e os Direitos Humanos, como na Universidade de Harvard (abril de 2019) e no Ministério dos Direitos Humanos do Brasil (maio de 2019). Na Argentina, é membro da Associação “Zor - Associação pelo direito dos povos ciganos” e desde 2016 coordena o projeto "Kalo Chiriklo - música romani latino-americana". É cantora nas bandas Kalo Chiriklo e Segundo Mundo, ambos grupos de música balcánica. Também é membro do coletivo #OrgulhoRomani (Brasil/Argentina). Além disso, faz parte de uma família de ciganos húngaros que chegou ao Brasil por volta de 1895.

Aluízio de Azevedo Silva Júnior: doutor pelo Programa de Pós-graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/ICICT) da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz, 2014-2018). Doutorado Sanduíche no Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta de Lisboa (UAb), financiado pela CAPES. Vencedor do Prêmio Compós de teses e dissertações Eduardo Peñuela 2019. Menção Honrosa na Categoria Ciências Humanas e Sociais do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2019. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT, 2007-2009). Especialista em Cinema, pela Universidade de Cuiabá (Unic) e a Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC-MT. 2006-2007). Colaborador Associado do Grupo de Investigação Saúde, Cultura e Desenvolvimento do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI) da Universidade Aberta de Lisboa (UAb); Membro do Observatório Saúde na Mídia, vinculado ao Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde (Laces) do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz); e membro do Grupo de Trabalho de Comunicação e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco). Roteirista de vários filmes curtas metragens e diretor cinematográfico do vídeo média metragem "É Kalon - Olhares Ciganos" e do Curta metragem Manoel Chiquitano, vencedor do Prêmio Etnodoc 2011 (IPHAN, Petrobras, Ministério da Cultura), e exibido nas TV Brasil. Atualmente presta serviços na Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Mato Grosso (NEMS/MT), como Chefe da Seção de Apoio Institucional e Articulação Federativa (SEINSF) e atua como produtor cultural independente, com foco na produção audiovisual, além do ativismo em prol das comunidades ciganas. De origem cigana Kalon.

Jucelho Dantas da Cruz: graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal da Bahia (1990), Mestre em Ciências Agrárias pela UFBA (1995) na área de Controle Biológico e doutorado em Ciências Biológicas com área de concentração em Zoologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP-Rio Claro) (2006). Professor Adjunto do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) desde 1997. Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos e Fundamentais- GPDH (UESC) - na linha de pesquisa Direito Internacional e Direitos Humanos de Minorias, Ciganos, Migrantes, Quilombolas, Refugiados e Apátridas. Foi Coordenador Geral da Associação de Docentes da UEFS (ADUFS), Seção Sindical da Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior – Sindicato Nacional (ANDES-SN) de 2008 a 2010, de 2010 a 2012 e de 2018 a 2020. É o atual representante dos Povos Ciganos na Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT/SEPROMI). Tem origem cigana Kalon.

Elez Bislim: ativista rom arlija da Macedônia. Participou de projetos europeus dedicados à integração, cultura e pesquisa sobre assuntos ciganos. Atuou em diferentes frentes em Skopje: Roma Youth Leadership Program 2008 dedicado à juventude romani; trabalho de campo na comunidade cigana de Topaana; apoio educacional para crianças do ensino fundamental; pesquisa sobre ciganos nos séculos 19 e 20 e durante o Holocausto.

Zuleica Iovanovich: advogada, graduada em Direito pela PUC Campinas. Tem origem romani Matchuaia da região balcânica.

Martin Fotta: doutor pela Goldsmiths, 2012, pesquisador no Departamento de Mobilidade e Migração do Instituto de Etnologia da Academia Tcheca de Ciências. Foi pós-doutorando na Universidade Goethe em Frankfurt e professor de Antropologia na Universidade de Kent. Autor de From Itinerant Trade to Moneylending in the Era of Financial Inclusion (2018, Palgrave) além de vários artigos e co-editor da Economia Cigana:Famílias, dívidas e masculinidade entre os Ciganos de Calon do Nordeste do Brasil (Palgrave, 2018), um co-editor da Gypsy Economy: Romani Livelihoods and Notions of Worth in the 21st Century (Berghahn, 2015). Atualmente ele está interessado em explorar formas pelas quais as conexões globais que moldaram as histórias raciais dentro da zona do Atlântico Sul impactaram o lugar social dos ciganos em diversos locais. Em entrevista publicada em 2020 em Novos Olhares Sociais, que é uma das poucas coisas do autor disponíveis em português, ele explicou seu ponto de vista sobre os estudos romanis no Brasil e o que eles podem trazer à historiografia e às ciências sociais de modo mais geral. (https://www3.ufrb.edu.br/ojs/index.php/novosolharessociais/article/view/545).

Brigitte Grossmann Cairus: doutora em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Doutoranda na York University, Toronto, Canadá em História da América Latina Contemporânea. Mestrado em História da Diáspora Africana pela York University e Bacharelado com Licenciatura Plena em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina, UDESC. Foi coordenadora do Brazilian Studies Seminar, CERLAC na York University em Toronto (2008-09), Vice Presidente da Câmara de Comercio Brasil-Canadá - BCCC em Toronto (2009-10), Coordenadora do Lemann Institute for Brazilian Studies na University of Illinois Urbana-Champaign e Diretora Executiva do Brazilian Studies Association do BRASA, (2012-13). Atualmente é docente do departamento de Artes Visuais do pólo de Educação à Distância NEAD da Uniasselvi em Indaial, Santa Catarina.

Sem bolsistas para o projeto

2021 - 20123

Estudos Populacionais

Não se aplica