Jovens Educomunicadores
Sessenta jovens educomunicadores, de
12
a 17 anos, estudantes da Rede Pública de Ensino de São
Paulo, participantes da cobertura midiática do Encontro
Internacional África-Brasil, estão se preparando para o
evento, participando de várias oficinas. Uma das oficinas
distribuiu livros que repensam a imagem do negro na literatura
infanto-juvenil.
Segundo Flavia Mateus Rios, monitora da oficina, a partir da leitura
das obras literárias cada jovem está fazendo uma pequena
resenha, mostrando o seu entendimento do tema abordado.
O
menino Marrom, de Ziraldo
Por Fernanda Keyty A. Marques
Eu gostei muito do livro. Achei
super descontraído e de fácil entendimento. Sem contar,
que a história trata das diferenças de uma forma
humorística e objetiva.
O autor usa e abusa de sua criatividade mostrando
situações reais, inspirando-se na inocência e
imaginação de suas crianças. Sendo eles, uma
negra, e uma branca, ou melhor, um menino marrom e um menino
cor-de-rosa – como o autor se refere aos personagens, querendo
assim mostrar que algumas coisas que pensamos ser importantes
são tão insignificantes e, às vezes, no fundo nem
existem.
Fernanda Marques é estudante da 8 ª série da EMEF
Antônio Carlos de Andrada e silva.
Seu e-mail de contato é: fernandakeyty@ig.com.br
Ifá, o
Adivinho, de Reginaldo Prandi
Por Priscila Fonseca da Silva
Antigamente, na África
negra havia um adivinho chamado Ifá. Ifá tinha dezesseis
búzios mágicos que ganhou quando foi eleito o adivinho.
Com esses búzios ele guardava as pessoas, adivinhava seus
destinos, seus problemas, e outras coisas que as pessoas iam consultar
em busca de soluções para seus problemas. Ele ajudava
todas as pessoas e todos os tipos de dificuldades, mas o que ele mais
gostava de ajudar nas pessoas era elas se defenderem da morte.
A morte era uma criatura feia em formato de carreira, que ia pegar
principalmente as pessoas que estavam doentes, ou pessoas velhas que
já estavam para morrer. Essas pessoas iam consultar o Ifá
que as ajudava a se defender a morte.
Um dia, a morte se revoltou com a intromissão de Ifá nos
seus negócios, e resolveu ir em busca dele.
Mas, Ifá, o Adivinho, foi salvo da morte pela corajosa donzela
Eua, e pode continuar o seu trabalho de ler a sorte e proteger as
pessoas da morte.
Ele acreditava que a vida tinha sempre uma solução e
sempre que alguém tinha um problema ele se lembrava das
histórias antigas que ensinavam como resolver a dificuldades. As
histórias do livro falam de personagens míticos que
naquele tempo os significados desses nomes eram nomes de Deuses, porque
tudo tinha um Deus. São histórias de orixás que o
Brasil herdou da África.
Priscila Fonseca da Silva é estudante de 6ª série da
EMEF Dr. José Kauffmann.
Sacici
Siriri Sici, de Luiz Galdino
Por
Laila El Alam
Onde já se viu saci de pito apagado, foi
daí que começou a luta dos dois primos sacis na
busca de proteger sua casa o taquaral, que estava sendo atacado pelo
bicho-máquina-boca-de-lata do homem destruindo e queimando
toda a floresta.
Para se protegerem foram morar na cidade com
o outro primo, chegando na cidade se depararam com vários
bichos-máquina, rio poluído e o clima que não
era nada agradável...Daí em diante a busca pela
sobrevivência se torna uma aventura.
Este livro é
mais para o público infantil, com uma linguagem mais popular
com isso a mensagem é transmitida e interpretada com mais
facilidade pelos jovens.
Laila El Alam
terminou a 8a série da EMEF Carlos Pasquale.
Seu e-mail de contato é: lailinhaalam@hotmail.com