Análise do livro Ave, palavra, de João Guimarães Rosa, com a indicação de suas características: a metalinguagem, a busca da palavra exata, a experimentação linguística e a descrição poética de seres e paisagens, a intertextualidade, a escrita da poesia, o lirismo e a duplicação do narrador/autor. O volume representa a compilação, feita por Paulo Rónai, de textos de qualidade irregular, que serviriam de matéria prima para que Guimarães Rosa desenvolvesse em outros textos, tal como fez com fragmentos de Magma.
Análise dos diferentes processos de aprendizem em Guimarães Rosa, considerando o envolvimento de personagens, como Riobaldo, cujo conhecer provém da fé; como o de Lélio que se origina no amor, ou se faz a força ou por violência, como o de Augusto Matraga; participação do leitor, cujo aprender vem de seu próprio desarmamento para ouvir as éstorias rosianas; e o envolvimento do próprio autor, que repassa o fruto de sua aprendizagem através de suas concepções de linguagem e de literatura, de tradução e de mudança, no conjunto de sua obra e, em especial nos prefácios de Tutamélia.
A obra de Guimarães Rosa evidencia, de Magma a Tutaméia, um percurso em que o autor opta pelo trabalho metalingüístico com o texto, executando uma renovação lingüística e narrativa na ficção brasileira. Esta opção revela que o autor não teve ou desejou uma atuação política, nem procurou fazer uma literatura revolucionária, engajada, preocupando-se antes em realizar uma transformação na literatura. As análises que buscam tal literatura revolucionária na obra rosiana desconhecem a opção estética do escritor.
Análise comparativa dos contos “O espelho” e “O alienista”, de Machado de Assis, e “O espelho” e “Darandina”, de Guimarães Rosa, com o objetivo de indicar semelhanças e diferenças no trato do tema do duplo, do espelho, da relação entre razão e loucura, dos papéis e máscaras sociais assumidos pelo homem.
Leitura de Magma, de Guimarães Rosa, com o objetivo de indicar a presença de temas, fragmentos, personagens, expressões e recursos estilísticos ali existentes, em outros textos do autor, cronologicamente posteriores.
Leitura de 'Magma', de Guimarães Rosa, com o objetivo de indicar a presença de temas, fragmentos, personagens, expressões e recursos estilísticos ali existentes, em outros textos do autor, cronologicamente posteriores.
Este ensaio busca trabalhar o elemento teatral na obra de Guimarães Rosa, entendendo-o como processo de representação do real por meio de sua transformação em texto/discurso, e como processo de carnavalização pela abolição da hierarquia e multiplicação das versões.
Este texto propõe uma análise do conto “Nada e a nossa condição”, de Primeiras estórias, em que se relaciona o conteúdo do conto com a sequência de símbolos que o representa na orelha do livro. Objetiva, ainda, evidenciar a consciência metalingüística e semiótica de Guimarães Rosa, que utiliza os recursos icônicos da perigrafia para criptografar seus textos.
O discurso de Riobaldo em Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa pode ser caracterizado como ideológico através de elementos de vários discursos nele contidos, além de sua estrutura proverbial e mítica.