Este ensaio busca trabalhar o elemento teatral na obra de Guimarães Rosa, entendendo-o como processo de representação do real por meio de sua transformação em texto/discurso, e como processo de carnavalização pela abolição da hierarquia e multiplicação das versões.
Este texto propõe uma análise do conto “Nada e a nossa condição”, de Primeiras estórias, em que se relaciona o conteúdo do conto com a sequência de símbolos que o representa na orelha do livro. Objetiva, ainda, evidenciar a consciência metalingüística e semiótica de Guimarães Rosa, que utiliza os recursos icônicos da perigrafia para criptografar seus textos.
Leitura de Magma, de Guimarães Rosa, com o objetivo de indicar a presença de temas, fragmentos, personagens, expressões e recursos estilísticos ali existentes, em outros textos do autor, cronologicamente posteriores.
A obra de Guimarães Rosa evidencia, de Magma a Tutaméia, um percurso em que o autor opta pelo trabalho metalingüístico com o texto, executando uma renovação lingüística e narrativa na ficção brasileira. Esta opção revela que o autor não teve ou desejou uma atuação política, nem procurou fazer uma literatura revolucionária, engajada, preocupando-se antes em realizar uma transformação na literatura. As análises que buscam tal literatura revolucionária na obra rosiana desconhecem a opção estética do escritor.
O discurso de Riobaldo em Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa pode ser caracterizado como ideológico através de elementos de vários discursos nele contidos, além de sua estrutura proverbial e mítica.
Faculdade de Letras, Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários
Análise comparativa da obra de João Guimarães Rosa considerando o processo de produção textual dentro dos seguintes aspectos:a relação entre o signo e a realidade; a consciência metalinguística através do jogo da enunciação, da intertextualidode eda tradução; a duplicação da linguagem e da personagem; a desconstrução do provérbio.