JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Rafael Guimarães Tavares da Silva
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Rafael Guimarães Tavares da Silva
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Apropriações e jagunçagens: um sertão homérico
Rafael Guimarães Tavares da Silva
Signo, v. 45, n. 84, 2020
p. 90-100
Neste texto busco identificar as diferentes estratégias de composição de que se vale João Guimarães Rosa, em Grande Sertão: Veredas, para instituir o caráter épico de seu romance. Parto de uma consulta aos principais críticos da obra rosiana que se debruçaram sobre o assunto, sugerindo, através das diferentes hipóteses elaboradas até o momento, a importância da intertextualidade explicitamente estabelecida com as epopeias de Homero. Lendo atentamente certos trechos das respectivas obras proponho relações que demonstram a complexidade desse diálogo, no qual o escritor brasileiro tece uma leitura renovada e renovadora da tradição literária. Chamo atenção principalmente para a perspicácia com que Guimarães Rosa institui diferenças nas mais evidentes repetições, empregando de forma arejada recursos caros à antiga tradição homérica de poesia oral.
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Outras apropriações e jagunçagens: o mar de Rosa
Rafael Guimarães Tavares da Silva
Revista Recorte, v. 16, n. 2, jul. 2019 a dez. 2019
p. 1-14
Retomando a tradição crítica de Grande Sertão: Veredas, proponho uma reavaliação da dimensão espacial – gráfica – e temporal – fônica – da linguagem desenvolvida por Guimarães Rosa. Aponto a relação entre esse trabalho com a linguagem e o desdobrar de certos temas fundamentais para o romance – sejam eles de viés metalinguístico, filosófico ou religioso – e encerro com a sugestão de que o autor promove uma efetiva realização do que narra por meio da própria linguagem. A análise das insólitas relações sugeridas entre certas palavras fundamentais para o desenrolar do romance, como “medo”, “demo”, “deus”, “diabo”, “Diadorim” e “Riobaldo”, entre outras, suscitará reflexões hermenêuticas de caráter mais amplo e sugestivo.
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