JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Textos publicados em periódicos
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O reconhecimento de si como condição do retorno em Homero e em Guimarães Rosa
Clarissa Catarina Barletta MARCHELLI
Revista Escrita, n. 23, 2017
p. 185-197
O presente artigo compara semelhanças e diferenças do retorno para casa, tema da Odisseia, de Homero, e do conto O recado do Morro, de Guimarães Rosa. O empreendimento se viabiliza sob a condição do reconhecimento de si, conforme argumenta Paul Ricoeur (2006, p. 92): “[...] fazer-se reconhecer é recuperar seu domínio ameaçado”. Quando da escuta de uma canção, ambos os heróis resgatam e afirmam cada um a sua identidade.
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2/9
Variações sobre a travessia
Maria Luiza Ramos
Ensaios de Semiótica: Cadernos de Linguística e Teoria da Literatura, n. 6, dez. 1981
p. 129-149
Odisseu, Dom Quixote e Riobaldo, pela sua natureza de personalidade, são existencialmente condicionados por um texto. Vivem no discurso, sendo o seu universo caracterizado por um determinado enunciado.
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3/9
Ecos da
Ilíada
no sertão
Sergio de Menezes Andraus Gassani
Psicanálise & Barroco em Revista, v. 16, n. 2, 2018
p. 123-135
Neste trabalho analisamos equiparações entre uma assembleia dos reis gregos homéricos no assédio de Troia, e uma reunião dos chefes jagunços para julgar um prisioneiro em Grande Sertão: Veredas. Vemos os discursos dos personagens dessas obras como permeados pela construção moral de honra heroica. Interpretamos diferenças nas manifestações desse éthos no poema homérico e no romance brasileiro, conforme um sistema de valores em cujos extremos veríamos força e fraqueza substituídas por noções de bem e mal. Veríamos a vigência do valor heroico em ambos contextos, e com ele a tentativa do homem de se imortalizar inscrevendo o próprio nome na memória coletiva.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
Homero
|
Honra heróica
|
Memória coletiva
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4/9
A donzela guerreira de Homero a Guimarães Rosa
Tânia Rebelo Costa Serra
Revista do IEB, n. 41, 1996
p. 181-188
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Auscultar Rosa e ouvir Homero
Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
Classica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos, v. 32, n. 1, 2019
p. 217-234
Neste artigo propomos leituras do Grande Sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, e dos poemas homéricos, mais especificamente a Ilíada, com performances dialetais diferentes. Nosso intuito será comprovar (a partir de rotacismos, apócopes, aféreses, síncopes etc.) a amplificação de sentido que advém dessas alterações fonéticas no contexto das obras em foco como um todo. Visamos ao estudo dos metaplasmos como mecanismo que flexibiliza o texto poético e que lhe faculta a dinamicidade, a espacialidade cultural e a fugacidade do oral. Com o recurso de potencializar metaplasmos, o texto ganha novos sentidos no tempo e no espaço. Recuperam-se as estratégias de oralidade do português brasileiro e, através delas, projetam-se aquelas da chamada ‘língua morta’ de Homero.
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Uma nação se faz com literatura
Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa
Revista Épicas, n. 7, jun. 2020
p. 1-16
O artigo pretende discutir a potência de uso dos metaplasmos em textos literários. Eles são vistos como instrumento para quebrar preconceitos culturais e linguísticos. A discussão avaliará o uso do recurso em dois autores: João Guimarães Rosa (Grande Sertão: Veredas) e Homero (Ilíada). Vamos realçar a riqueza do processo no sentido de ver tais alterações como componentes do panorama linguístico de uma nação. Sugerimos que reproduzir esteticamente a diversidade de uma comunidade linguística é ato político. Durante a discussão, utilizamos metaplasmos para, na tradução de trechos da Ilíada, ensaiar o que chamamos de fantasias metaplasmáticas.
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7/9
Afamada estória: "Famigerado" (
Primeiras estórias
) e o canto IX da Odisseia
Christian Werner
Nuntius Antiquus, v. 8, n. 1, 2012
p. 29-50
This paper presents as interpretation of the short-story “Famigerado” by João Guimarães Rosa (Primeiras estórias) and the Polyphemus’ episode in Homer’s Odyssey based on many common elements: the smart use of language; an adjective related to fame that occupies a central place in the story (“famigerado”; “polyphêmos”); a hospitality scene structuring the story; and the dialectic movement between violence and cunning.
Palavras-chave do autor:
"Famigerado"
|
Odysseus
|
Odyssey
|
Polyphemos
|
Primeiras estórias
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8/9
Mire veja: uma fórmula em Grande sertão: veredas
Christian Werner
Aletria: Revista de Estudos de Literatura, v. 26, n. 1, 2016
p. 177-194
Discute-se o uso da fórmula mire (e) veja em Grande sertão: veredas, em particular, sua ressonância temática e seus usos pragmáticos, e conclui-se que ela é central para a forma como o narrador Riobaldo comunica sua experiência passada. Em um segundo momento, sua dinâmica é comparada àquela da linguagem formular da poesia oral homérica.
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