JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Bibliografia sobre João Guimarães Rosa
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A tradição do regionalismo na literatura brasileira: do pitoresco à realização inventiva
Humberto Hermenegildo de Araújo
Revista Letras, n. 74, 2008
p. 119-132
Análise da noção de regionalismo na obra de Antonio Candido, tomando como ponto de partida a leitura do livro Formação da literatura brasileira, onde o autor apreende o surgimento da tradição regionalista como uma das tendências do movimento romântico e como um instrumento de descoberta do país novo. A perspectiva regionalista é apresentada nas suas várias fases ao longo da história do sistema literário brasileiro, de forma não homogênea e sempre reagindo de forma problemática aos processos unificadores nacionais. No debate sobre a permanência do regionalismo na literatura brasileira, destaca-se a leitura da obra de Guimarães Rosa como um modo de transcendência do regional “graças à incorporação em valores universais de humanidade e tensão criadora”. Esta análise propõe, enfim, o estabelecimento de uma relação entre a "tendência genealógica" que inventou o indianismo e as tentativas programáticas de dar visibilidade ao regionalismo no Brasil.
Palavras-chave do autor:
regionalismo
|
sistema literário
|
tradição
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A tradição e a modernidade em
A estória de Lélio e Lina
, de João Guimarães Rosa
Rodrigo do Prado Bittencourt
Scripta Alumni, n. 10, 2014
p. 7-18
Ao contrário de uma ideologia civilizadora, muito forte no Brasil, em meados do século XX, que defendia o avanço irrestrito da modernização e de uma atitude a ela contrária, que quer preservar as culturas e comunidades tradicionais como peças de museus, Rosa, em A estória de Lélio e Lina, mostra que o sertanejo é capaz de escolher seu próprio caminho. Aproveitando-se do legado da tradição e das inovações da modernidade, Lina irá ensinar a Lélio uma nova maneira de enxergar as relações sociais e outra postura ético-política.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
literatura
|
modernidade
|
tradição
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3/8
Dispersão & reunião em Guimarães Rosa e Mia Couto: uma leitura de "A terceira margem do rio" e "Nas águas do tempo"
Rosicley Andrade Coimbra
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Susylene Dias de Araujo
Verbo de Minas, v. 17, n. 30, 2016
p. 5-22
Este artigo propõe um estudo comparativo entre os contos A terceira margem do rio, de João Guimarães Rosa, e Nas águas do tempo, de Mia Couto. Partiremos das imagens metafóricas do rio e da água para pensarmo o tempo e a tradição. Nossa hipótese é a de que, enquanto um dos contos, através dos referidos elementos presentes na narrativa, representa a ideia de um resgate da tradição, o outro evocaria uma ruptura, impossibilitando assim uma continuidade. Perceberemos que as imagens do rio e da água tomarão cursos distintos no decorrer das narrativas. Nas águas do tempo apresenta um final no qual notamos uma continuidade do fluxo das águas, isto é, uma espécie de resgate da tradição, uma continuidade. Por outro lado, A terceira margem do rio mostrará o contrário, interrompendo o fluxo do rio e suas águas, se mostrando como uma descontinuidade, ou seja, uma ruptura com a tradição. Nosso intuito será mostrar que, enquanto um autor procura marcar ideologicamente sua posição diante do resgate da tradição como um programa de resgate e formação de uma identidade nacional, alicerçado na transmissão de experiências vividas, como é o caso de Mia Couto em Moçambique, Guimarães Rosa mostrará a perda da continuidade da tradição, que podemos tomar como a busca por uma identidade individual, fragmentada e sem uma ligação duradoura com o passado.
Palavras-chave do autor:
Narrativa
|
Reunião
|
RUPTURA
|
tradição
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4/8
Um coloninho lê Grande Sertão: Veredas
José Hildebrando Dacanal
Nonada, v. 10, n. 10, 2007
p. 191-197
João Guimarães Rosa é visto como renovador da tradição literária iniciada por Cervantes. O ensaio narra a experiência do leitor José Hildebrando Dacanal, para quem o livro Grande Sertão: Veredas constituiu leitura fundamental, do que resultou mais de uma dezena de artigos, numa época em que seus interesses voltavam-se para a história, política e economia internacional.
Palavras-chave do autor:
experiência de um leitor
|
Grande sertão: veredas
|
tradição
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Tradição literária: o viés estrambótico da década de 1950
Gleidys Meyre da Silva Maia
Scripta, v. 9, n. 17, 2005
p. 140-149
A década de 1950 é apontada pela historiografia literária como responsável pela criação literária paradigmática de uma tradição poética e narrativa, cuja acentuação pelas formas orais, pela extravagância, pela vocalidade, pela movência dos textos, pelo caráter artesanal da comunicação, promove um deslocamento cultural e existencial do narrador/poeta, em relação às técnicas industriais. Esse choque cultural e existencial vai gerar os versos e "estórias" mais estrambóticos da literatura brasileira: de um lado, a tradição do ethos lúdico, da configuração mítica, da alegoria; de outro, a exigência de um leitor experto. Esse viés estrambótico perpassa toda a obra de Guimarães Rosa.
Palavras-chave do autor:
Antitradição
|
Crítica da cultura
|
discurso
|
história
|
tradição
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6/8
Olhares sobre o regionalismo literário brasileiro: uma perspectiva de estudo
André Tessaro Pelinser
ANTARES: Letras e Humanidades, n. 4, 2010
p. 106-120
Este ensaio resulta de uma perspectiva de investigação surgida imediatamente após a conclusão do curso de mestrado e é, portanto, uma posição teórica ainda em desenvolvimento. Nosso objetivo, aqui, é sinalizar um possível caminho para a revisão de alguns posicionamentos críticos relativos ao regionalismo literário desenvolvidos e consolidados pela historiografia. Tomamos os conceitos de região e regionalidade como imprescindíveis para tal e selecionamos como ponto de partida a obra de J. Guimarães Rosa, através da qual buscamos olhar para uma parcela da tradição literária brasileira e analisar alguns dos discursos veiculados pela crítica.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
regionalidade
|
regionalismo
|
tradição
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Entre-águas
literárias: estudo sobre a memória e tradições em "A terceira margem do rio", de João Guimarães Rosa, e "Nas águas do tempo", de Mia Couto
Jussara Bittencourt de SÁ
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Mayara Gonçalves de Paulo
Revista Memorare, v. 2, n. 3, 2015
p. 18-25
Este artigo apresenta um estudo sobre os contos A Terceira Margem do Rio, de João Guimarães Rosa, e Nas Águas do Tempo, de Mia Couto. O objetivo é analisar como elementos das referidas obras da literatura brasileira e da africana, respectivamente, poderiam remeter à memória e a tradição dos tempos e lugares. Esta pesquisa é qualitativa e a análise desenvolve-se ancorada no escopo teórico acerca de reflexões sobre a memória e tradições culturais. Neste estudo, procura-se evidenciar a relevância de se lançar olhar às literaturas ficcionais também como constructos de (e para) os tempos e lugares.
Palavras-chave do autor:
entre-lugar
|
memória
|
tradição
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8/8
O substrato oral em três narrativas de
Tutaméia
, de João Guimarães Rosa
Héder Junior dos Santos
Travessias, v. 6, n. 2, 2012
p. 390-420
Examinam-se três contos de Tutaméia (Terceiras estórias), de João Guimarães Rosa: “João Porém, o criador de perus”, “Os três homens e o boi dos três homens que inventaram um boi” e “Tapiiraiauara”, respectivamente, a décima sexta, vigésima quinta e trigésima quinta narrativas. Observa-se o aproveitamento que o autor realiza de elementos procedentes de uma cultura falada, como também a transmissão e reinvenção de uma literatura popular, seu desempenho oral, suas situações de enunciação e de divulgação; assim, busca-se compreender o modo pelo qual o escritor confere credibilidade e verossimilhança ao que é ensinado através das manifestações orais.
Palavras-chave do autor:
conto
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João Guimarães Rosa
|
Narrativas populares
|
oralidade
|
tradição
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