JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Machado de Assis, Guimarães Rosa e o espelho
Márcio Vinícius do Rosário Hilário
Cadernos CESPUC de Pesquisa, n. 28, 2016
p. 95-108
Mais do que meros contadores de histórias ou estórias, os grandes escritores são capazes de criar universos ficcionais particulares, nos quais as mínimas partes se inter-relacionam dentro de um todo poético articulado. Nesse sentido, todos os elementos constituintes de um enredo combinam-se organicamente de tal modo que, por meio de cada um é possível ver representado o discurso maior pretendido pelo autor, embora somente na complementaridade de um com o outro se possa realmente materializar a totalidade do tecido. Em outras palavras, quando um escritor elabora seu texto, ele está ao mesmo tempo criando um universo particular – porque tudo naquela tessitura se combina de forma muito específica – e geral – na medida em que existe um princípio regente o qual se manifestará em qualquer outro texto produzido por ele. Fosse diferente, bastaria ao escritor (e ao leitor) apenas um único objeto artístico, já que qualquer outro diria exatamente aquilo que um primeiro já teria revelado. Por extensão, do mesmo modo que um conto pode interagir com toda a ficção narrativa que compõe a obra de um artista, dentro dele todas as suas partes estão conectadas numa espécie de jogo metonímico. Partindo, então, da premissa de que todo texto literário é merecedor de uma leitura singularizante, ainda que ele, obviamente, se insira no todo de um projeto estético, optamos por trabalhar em contos homônimos – “O espelho” – de Machado de Assis e de Guimarães Rosa – seus aspectos imagético-simbólicos, dando um destaque especial, sobretudo, para o objeto-tema escolhido por seus autores.
Palavras-chave do autor:
espelho
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Guimarães Rosa
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intertextualidade
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Machado de Assis
|
Símbolo
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
intertextualidade
|
Símbolo
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2/8
Frente a "O espelho" de Machado e de Guimarães Rosa
Edna Maria F. S. Nascimento
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Maria Célia de Moraes Leonel
Revista da Anpoll, v. 2, n. 24, 2008
p. 275-292
Embora a crítica machadiana e a rosiana já tenha se debruçado sobre essas narrativas, isoladamente, ou por meio de comparação, acreditamos haver alguns aspectos desses contos que merecem ser ainda explorados. Assim, o artigo propõe-se a comparar os dois contos homônimos de Machado de Assis e de Guimarães Rosa, procurando observar os pontos de convergência e os de divergência no que diz respeito à importância das narrativas na produção de cada um dos escritores, na concepção sobre o tema, na construção da história, na escolha dos narradores.
Palavras-chave do autor:
comparação
|
conto
|
João Guimarães Rosa
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Machado de Assis
|
O espelho
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Literatura Comparada
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3/8
O tema da loucura em Machado de Assis e Guimarães Rosa
Monica Okamoto
Línguas & Letras, v. 9, n. 17, 2008
p. 57-70
Este artigo discute a temática da loucura por meio da análise dos contos “O alienista”, de Machado de Assis, e “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa; privilegiando a abordagem que neles encontramos dos discursos político e social da época. Esclarecemos que a história faz parte das obras de Machado e Rosa não como instrumento de protesto social, mas como um vínculo indissociável entre literatura e sociedade.
Palavras-chave do autor:
conto
|
Guimarães Rosa
|
história
|
Loucura
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Machado de Assis
|
positivismo
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4/8
Nós confessamos: as viúvas de Machado de Assis e de Guimarães Rosa
Osmar Pereira Oliva
Gláuks, v. 11, n. 2, jul. 2011 a dez. 2011
p. 109-122
O principal objetivo deste ensaio é discutir duas narrativas cujas protagonistas são mulheres viúvas que confessam suas histórias de amor, seus dramas e suas tramas. Em ambas as narrativas, Machado de Assis e Guimarães Rosa dão a voz a narradoras protagonistas, recurso praticamente desconhecido e discutido pela crítica literária.
Palavras-chave do autor:
confissão
|
conto
|
Guimarães Rosa
|
Machado de Assis
|
Viúvas
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5/8
O gênero literário como fator da consagração de Machado de Assis e Guimarães Rosa
Hérica Pinheiro
Revista Athena, v. 14, n. 1, 2018
p. 49-69
Machado de Assis e Guimarães Rosa, autores prestigiados no patrimônio brasileiro da memória literária e cultural, continuam a reafirmar suas produções no centro do cânone, também no século XXI. Em suas trajetórias, o romance ocupa um espaço reconhecido, no entanto cabe considerar que o notável contista Guimarães Rosa escreveu somente um romance e o romancista Machado de Assis, além de ser um dos precursores do conto literário no Brasil, produziu cerca de duas centenas do gênero, o que nos leva a reflexão sobre a importância dessas duas formas literárias como fator da consagração de ambos.
Palavras-chave do autor:
cânone
|
gênero
|
Guimarães Rosa
|
literatura brasileira
|
Machado de Assis
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6/8
Alienados e Darandins: Fronteiras (desidentitárias nos contos de loucos de Rosa e Machado)
Ravel Giordano Paz
Revista da Anpoll, v. 2, n. 24, 2008
p. 357-381
O trabalho realiza um percurso comparativo por três contos que têm figuras de loucos em seu centro – “Darandina” e “Sorôco, sua mãe, sua filha”, de Guimarães Rosa, e “O alienista”, de Machado de Assis –, discutindo as formas que a loucura assume neles e suas relações com a idéia e as demandas de uma certa coletividade, sobretudo a dupla e instável necessidade de romper e manter os limites identitários da dita “normalidade”.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
literatura brasileira comparada
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Loucura
|
Machado de Assis
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7/8
Machado de Assis e Guimarães Rosa: loucura e razão em "O Alienista" e "Darandina"
Yudith Rosenbaum
Machado de Assis em Linha, v. 9, n. 19, set. 2016 a dez. 2016
p. 93-109
Pretende-se cotejar o conto “O Alienista”, de Machado de Assis, inserido em Papéis avulsos (1882), com o conto “Darandina”, de Guimarães Rosa, publicado em Primeiras estórias (1962). Ambos abordam, de modos distintos e contundentes, as relações entre o poder e o discurso psiquiátrico. Considera-se, ainda, que Guimarães Rosa tenha dialogado explicitamente com o texto machadiano, assim como fez em sua réplica homônima ao conto “O espelho”, também de Machado.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
Loucura
|
Machado de Assis
|
razão
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8/8
Machado de Assis et J. G. Rosa : les leurres de l’imaginaire moderne et le métissage culturel brésilien
Kathrin Holzermayr Rosenfield
ANTARES: Letras e Humanidades, n. 5, 2011
p. 121-131
Este artigo apresenta as obras de Machado e Rosa como duas formas complementares de ultrapassagem do romantismo sentimental que aflige a cultura brasileira nos séculos XIX e XX. Assim, vemos surgir uma certa continuidade entre os dois autores: isto é, o princípio de compensação que nos faz passar da ironia prosaica de Machado à intensidade íntima de G. Rosa, e da volubilidade frívola a uma profundeza contemplativa ou trágica até então desconhecida na literatura brasileira.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
|
Machado de Assis
|
Mestiçagem cultural
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