João Guimarães Rosa, em carta escrita ao tradutor italiano Edoardo Bizzarri, afirma que a novela regionalista “Dão-lalalão” foi a única vez em que recorreu a processos intertextuais. Neste artigo, propõe-se analisar as referências indicadas pelo escritor, com a hipótese de que os personagens Soropita e Doralda constituem-se precisamente por meio do diálogo entre textos, na perspectiva bakhtiniana da “carnavalização”.