presente artigo tem como objetivo analisar a produção mítica e jagunça na obra de João Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas, para compreender o uso da narrativa com fala sertaneja integrada na criação do linguajar de seu personagem Riobaldo, e toda narração composta pela jagunçagem, que permite rastrear os componentes político-sociais do sertão, como também, um jogo de reflexões, nos quais Riobaldo avalia o passado e sua própria vida, e o pensamento mítico, centrado nos conflitos representados pelos fenômenos naturais, a partir de elementos encontrados na fala real do sertanejo, e assim, visa observar esse espaço da narração nessa luta entre o bem e o mal, que está centrada nas perplexidades retratadas pelas forças da natureza, como o medo, as tensões e os conflitos existenciais do sujeito sertanejo. Pretende-se também apresentar e discutir algumas ideias que podem contribuir para um melhor entendimento dessa linguagem rosiana, através de uma pesquisa sobre o tema, em livros e artigos de internet. Esse artigo foi construído com intuito de mostrar um pouco mais sobre a linguagem do sertanejo encontrada na obra de Rosa, que é baseada na fala natural do homem do sertão, e também com objetivo de apresentar um pouco sobre a vida do jagunço, que muitas vezes é conhecido como cangaceiro ou capanga. Este artigo também trás uma análise dos acontecimentos do sertão e mostra suas paisagens descritas na obra de Guimarães Rosa. Como referenciais teóricos foram utilizados os autores: BEDRAN, Bia; BRITO, José Domingos de; EMEDIATO, Newton, Filho; FARIA, Caroline; LEONEL, M. C. & SEGATTO, J. A.; ROSA, João Guimarães; SOARES, Tatiana Alves. Tendo como principal foco desse trabalho, o linguajar do homem sertanejo.