A proposta deste artigo é teorizar sobre um possível desvario mental sofrido pela
personagem principal do romance Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Para tal
empreitada, procuramos pôr em evidência alguns traços característicos de Grande Sertão: Veredas
sob o prisma da loucura. Iremos ancorar esse estudo em Michel Foucault (1972), no que diz respeito
à loucura puramente clínica e à loucura psicológica/filosófica. Por fim, voltaremos nosso olhar para
uma conclusão que sugere certo traço de loucura em Riobaldo, apontando situações vividas pela
personagem que confluam com a ideia de um desvario resultante da vida penosa e inflexível no
sertão.