“O recado do morro” foi publicado no segundo volume de Corpo de Baile, pela José Olympio, em 1956. Desde então, tem sido estudado, no conjunto novelesco de que faz parte, pela crítica brasileira sob diversos enfoques: cultural, filosófico, crítico-genético, etc. Nesta comunicação analisaremos alguns estudos dedicados, especificamente, a essa obra de Guimarães Rosa, por exemplo, o trabalho de Marli Fantini (2003) insere-o em um amplo debate sobre a tematização de diversidade cultural; Heloísa Araújo (1992) examina as diversas referências religiosas e filosóficas, Hélio Miranda (1999), ao examinar as relações entre a terra e o homem, ressalta a importância do texto para a compreensão do universo ficcional rosiano. Tais estudos salientam a importância da obra e, ao mesmo tempo, abrem novas possibilidades de leitura, ainda por fazer, como uma análise hermenêutica de sua história recepcional. Postula-se, neste texto, que a estética da recepção se define filosoficamente pela transitividade d