Este trabalho é um recorte de nossa pesquisa sobre a relação entre o texto literário e seu público. Aqui, discutimos dois textos de recepção da novela “A hora e a vez de Augusto Matraga” de Sagarana (1983), a saber: Luis Truzzi (2007) e Gustavo Ribeiro (2016). Tomamos como base a discussão de Hans Robert Jauβ sobre a experiência estética, considerando tanto seu lado positivo quanto seu lado negativo, ou seja, o gozo possibilitado pela diversidade de experiências na leitura, bem como a ampliação do horizonte possibilitada por meio desta, isto é, a percepção do leitor das hipocrisias sociais, bem como a compreensão de seu mundo e de si mesmo; por outro lado, a possibilidade utópica e doutrinadora que esta experiência pode possibilitar, principalmente quando em interação com leitores ingênuos.