Neste trabalho analisamos equiparações entre uma assembleia dos reis gregos homéricos no assédio de Troia, e uma reunião dos chefes jagunços para julgar um prisioneiro em Grande Sertão: Veredas. Vemos os discursos dos personagens dessas obras como permeados pela construção moral de honra heroica. Interpretamos diferenças nas manifestações desse éthos no poema homérico e no romance brasileiro, conforme um sistema de valores em cujos extremos veríamos força e fraqueza substituídas por noções de bem e mal. Veríamos a vigência do valor heroico em ambos contextos, e com ele a tentativa do homem de se imortalizar inscrevendo o próprio nome na memória coletiva.