Este artigo tem como objetivo refletir sobre a presença de Paris como experiência poética em Ave, Palavra (2009), de João Guimarães Rosa. Para isso, analisaremos as várias imagens que se amontoam ao longo das impressões do autor diplomata no que tange à relação do homem a partir da cidade. Assim, pela impressão, o poeta toca o lugar, inserindo-o no plano reflexivo, sobretudo ao participar de experiências universais, em que há espaço para o ennui, em sentimentos que se conformam na tristeza, tédio da paisagem deprimente, em Spleen, assim como estímulo da poiesis no passeio público, em zológicos, parques e restaurantes. Neste estudo, discutiremos a presença de uma poética em Paris nos textos “Terrae Vis”, “Do Diário em Paris”, “Zoo (Jardin des plantes)” e “Zoo (Parc Zoologique du Bois de Vincennes)”.