Objetiva-se a demonstração de que o conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de João
Guimarães Rosa, pertence à especificidade trágica. Para dar conta desta tarefa, serão considerados o
enredo trágico (peripécia, reconhecimento, catástrofe), bem como a maneira de ser do protagonista a
caracterizar-se pela desmedida, hybris, acarretando tal especificidade a corrigenda, hamartía, de maneira a possibilitar uma convivência em sociedade. Os conceitos de arte apolínea e de arte dionisíaca auxiliarão na análise do conto, fazendo-se ambos presentes a partir das colocações nietzschianas presentes em A origem da tragédia.