JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Número/Exemplar de periódico
Revista Araticum
2010, v. 1, n. 1
Artigos
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Riobaldo e Diadorim: da ideia de forma de vida enquanto experiência de desconstrução das identidades
Alex Fabiano Correia Jardim
A ideia deste texto é apresentar, partindo do conceito de individuação e formas de vida em GillesDeleuze, dois personagens que atravessam o Grande Sertão: veredas: Riobaldo e Diadorim. Esses personagens,em Rosa, tipificam os conceitos acima mencionados na filosofia deleuzeana. Os dois personagens nosapresentam, no romance, práticas que fogem de uma tradição que estabelece um ethos para a vida de umbando no sertão. Os signos de amor entre Riobaldo e Diadorim intensificam uma individuação que não sesegmenta em homem e mulher, mas entre corpos livres da forma ou de qualquer “órgão” individualizante. Essaindividuação por afetos não é submetida ao binarismo homem/mulher, mas a práticas de vida que inventamuma nova maneira de viver. Segundo Deleuze, são esses agenciamentos que fazem e constituem ashecceidades, ou seja, uma prática que se estabelece a partir de um poder de afetar e ser afetado.
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Riobaldo: narrador-personagem de uma narrativa dominada pela modernização
Daniele dos Santos Rosa
A literatura brasileira fundamenta-se pela contradição entre sua formação arcaica e o desejo de cosmopolitismo. Diante disso, Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, não poderia se esquivarde tão importante questão: o processo modernizador brasileiro em confronto com a constituição dosertão. Nesse aspecto, são as características de seu narrador, Riobaldo, que tratarão, em sua própriaforma, dessa problematização inerente: a permanência do arcaico diante do mais moderno.
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Experiência e reflexão na traduzadaptação italiana de Grande sertão: veredas
Davi Pessoa Carneiro
Este artigo tem por objetivo discutir alguns aspectos do discurso ambíguo de Riobaldo, em Grande sertão: veredas e sua tradução italiana realizada por Edoardo Bizzarri, tendo como reflexão o processo de reescriturade um texto literário, ou seja, sua traduzibilidade, ou, como Guimarães Rosa colocava nas cartas comseus tradutores, sua traduzadaptação.
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No Urubuquaquá: vida, arte, poesia e memória
Débora Soares de Araújo
Este artigo tem o objetivo de investigar o conto “Cara-de-Bronze”, do escritor João GuimarãesRosa. A investigação propõe refleti r sobre a noção de arte presente no conto e busca mostrar as relaçõesentre a arqui tetura do texto de Guimarães Rosa e a mediação da poesia e da memória. Observando aconstrução do conto, buscamos evidenciar a relação entre arte (esp ecialmente a poesi a) e vida presente nanarrativa.
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Os microcausos em Grande sertão: veredas
Diego Gomes do Valle
O intento deste trabalho é discutir que efeitos são causados no leitor ao ler as micronarrativasque estão presentes no romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa. Como contribuição paranossa análise, utilizamos o teórico Wolfgang Iser, pois suas teorias dão conta dos efeitos estéticos que aliteratura proporciona ao leitor. Este trabalho não pretende, em absoluto, esgotar o tema "micronarrativas", e sim contribuir para que novos estudos se desenvolvam a partir dele.
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