Buscando pensar a narrativa rosiana em suas múltiplas relações com outras áreas do conhecimento, sobretudo com a Filosofia, a presente comunicação é um estudo interpretativo do processo de ficcionalização de textos filosóficos em Corpo de Baile (1956). Assim, o referido complexo novelístico, lido em conjunção com o texto das Enéadas de Plotino, ganha unidade não apenas formal, mas temática. Em termos de uma discussão em torno da experiência estética, Corpo de Baile pode ser descrito preliminarmente como um corpo da literatura, em que a metáfora do baile e do corps du ballet ressaltam a figura do dançador. Corpo da literatura, mas também da filosofia, da retórica, de tantos outros saberes, assimilados ao corpus das sete novelas que compõem o livro. Imageticamente, a figura do dançador vem de Plotino, contudo Guimarães Rosa o toma não corpo doutrinário fechado, cujas premissas seriam demonstradas pelas narrativas, mas como labor poético-filosófico. Assim, de acordo com uma abordagem gada
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