A esmagadora maioria das narrativas rosianas está situada espacialmente no que se poderia chamar, em sentido amplo, de sertão, região brasileira tradicionalmente caracterizada em nosso pensamento social e história literária como interior distante, refratário à modernização, onde está praticamente ausente o poder público e inexistem instituições sociais que garantam às pessoas direitos de cidadãos. Mas o sertão tem suas nuances. Uma delas se apresenta em Grande sertão: veredas, outra, em Corpo de baile, os dois livros de Guimarães Rosa publicados, com meses de diferença, em 1956. As novelas que compõem este último livro se passam, mais exatamente, nos gerais, e revelam um mundo em transformação. As mudanças que aí se verificam indicam que a região está menos distante do mundo urbano que o sertão propriamente dito, onde se situam as aventuras e os amores de Riobaldo e Diadorim. E em processo de aproximação crescente.
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