“Clássico” de nascimento, Guimarães Rosa irrompe em nossas letras recolocando a matéria regionalis-ta num novo modo de conformação. Modo de compor que promove um espantoso amálgama de formas narrativas numa tessitura lingüística peculiar. Estilo in opere, “incoagulável, reinventando-se em incessan-te dinâmica” (Oliveira, 1991, p. 179); opera a linguagem em todos os seus planos: sonoro, lexical, sintático, semântico. A “revolução da linguagem”, que valeu a Rosa os epítetos de “bruxo da linguagem”, “demiurgo da linguagem”, repousa numa aguda consciência estética sobre a problemática da representação. Além de toda essa orquestração na conformação lingüística, que já implica e denuncia o posicionamento estético assumido pelo autor, o poético também entrará em cena no jogo narrativo.
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