Este artigo propõe uma leitura do pacto diabólico no Grande sertão: veredas a partir de alguns dos numerosos “causos” que perpassam a narrativa, cuja constante são as “trocas de destino” ou “conversões existenciais” que se dão de forma assimétrica: um indivíduo de caráter ou condição social dominante imputa os reveses de sua sina a um subordinado. As ligações entre as estórias paralelas e o macrocosmo do livro vão na esteira de estudos de Todorov e de críticos que se ocuparam do tema no romance de Guimarães Rosa, como Davi Arrigucci Jr, Kathrin Rosenfield, Marcus Mazzari etc. Também são feitas considerações acerca da confiabilidade do relato riobaldiano e do seu viés “metaficcional”, a partir dos estudos literários de Jacques Rancière.
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