Este trabalho propõe uma leitura do conto "A terceira margem do rio", de João Guimarães Rosa, a partir da análise do protagonista "pai", apontando para a possibilidade de o conto representar uma metáfora do conceito de "terceiro espaço", formulado por Homi K. Bhabha. O conto constitui, portanto, uma forma estética desse terceiro espaço, ocupado pela personagem "pai", figura complexa de diferença e identidade que abre uma possibilidade de um hibridismo cultural, desejo firmado na literatura como uma difícil luta dos povos subordinados de firmar suas tradições culturais nativas e recuperar suas histórias reprimidas.
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