O estudo pretende mostrar como os signos poéticos da canção de Siruiz, articulados aos contextos espaciotemporais de suas quatro versões na diegese, não só cartografam pontos-chave da travessia de Riobaldo pelo sertão como também espelham nesse mapa o desenho astronômico da constelação do Cão Maior, numa conjunção entre história e mito. Embora a versão original da canção seja oferecida ao interlocutor como um prenúncio cifrado do destino do herói, as demais composições erigem a dúvida como diapasão narrativo. Assim, o narrador-compositor enuncia um dilema entre a confirmação da mensagem no percurso do jagunço de ocasião e a ação voluntária nos rumos definidores da transformação do jovem errante em chefe e, por fim, em fazendeiro guarnecido por ex-jagunços.
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