Para estabelecer a relação entre Grécia e sertão, neste artigo, dedico atenção especial às vocalizações dos cavalos, tanto na Ilíada quanto na literatura ficcional de João Guimarães Rosa, mas também nas notas que o autor fez da leitura da poesia épica grega e no diário que ele escreveu na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Pretendo, com isso, demonstrar, por um lado, a recepção de um material antigo pela ficção de Rosa, que é incorporado à sua própria tradição literária, forjando uma nova. Por outro lado, como não posso afirmar (mas vou sugerir) que o autor brasileiro teria lido os verbos no idioma grego, veremos a capacidade que um “clássico” apresenta de participar de nossa história para além de caminhos verificáveis.
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