Trata-se de, através de alguns exemplos retirados da ficção rosiana,discutir as reflexões aí existentes sobre o processo na rrativo como necessidade da própria matéria narrada e expressão da ambigüidade queconstitu i o seu universo: entre o popular e o cu lto, o oral e o escrito, o rústico e o citadino, a região e o mundo. Essa ambigüidade, por sua vez, é constitutiva do Brasil e de certo modo, da vida do próprio autor.
O presente trabalho, resultado parcial da pesquisa que desenvolvo em meu Mestrado, vem abordar alguns questionamentos sobre a leitura que acredito serem intrínsecos a Grande sertão:veredas. Através de uma analogia entre o narratário, ou seja o visitante para quem Riobaldo conta sua história, e o leitor empírico da obra, abordo o romance rosiano como uma narrativa que reflete metalinguisticamente sobre a problemática da leitura. A partir dessa idéia, passo a a nalisar que tipo de leitura nos propõe o protagonista do romance.
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