JOÃO GUIMARÃES ROSA
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O burro e o boi no presépio: o museu poético de João Guimarães Rosa
Waldir Batista Pinheiros de Barcelos
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O burro e o boi no presépio: o museu poético de João Guimarães Rosa
Waldir Batista Pinheiros de Barcelos
XI Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras, Interações, Convergências
2008
Nos vinte e seis poemas de O BURRO E O BOI NO PRESÉPIO (Catálogo esparso), publicados postumamente em Ave palavra, o olhar do poeta João GUIMARÃES ROSA percorreu formas, volumes, cores, linhas, perspectivas, luzes e contrastes de quadros medievais e renascentistas e fixouse nas imagens do burro e do boi, redimensionando-as poeticamente. Nessa re-dimensão dada aos quadros pelo poeta, perpassam relações entre a literatura e as artes plásticas, entre a poesia – e a poesia de João Guimarães Rosa – e a pintura, aspectos estes entranhados nas formas de realização artística do Modernismo brasileiro que representam um modo de construção poética singular na literatura brasileira do século XX. Poeticamente, o autor/poeta, numa perspectiva intertextual, fundiu estilos literários e pictóricos e recriou, por meio de sua particularíssima linguagem, aspectos da região do interior de Minas Gerais, estabelecendo ligações de espaço e de tempo diversos, traduzindo a pintura para a poesia, por meio
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