JOÃO GUIMARÃES ROSA
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O olhar e o redemoinho : paradoxos do tempo em Grande Sertão: veredas
Júlio César Machado de Paula
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O olhar e o redemoinho : paradoxos do tempo em Grande Sertão: veredas
Júlio César Machado de Paula
XI Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras, Interações, Convergências
2008
Em entrevista a Günter Lorenz, João Guimarães Rosa justifica o uso recorrente que faz do paradoxo definindo-o como um dispositivo capaz de expressar algo para o qual não existem palavras. Anos mais tarde, em seu livro A Metáfora Viva, o filósofo francês Paul Ricoeur, insatisfeito com a concepção da metáfora como simples ornamento do discurso, propôs revitalizá-la aproximando-a do paradoxo. A verdadeira metáfora, a metáfora viva, constituir-se-ia não apenas por uma relação de similaridade entre dois termos, mas também pela dessemelhança observável entre eles. Partindo da afirmação de Rosa e das reflexões de Ricoeur, desenvolvo no presente trabalho uma análise da construção do tempo em Grande sertão: veredas.
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