JOÃO GUIMARÃES ROSA
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O devir-lugar da onça: entre rastros e sobrevivências
Ana Paula Pizzi
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O devir-lugar da onça: entre rastros e sobrevivências
Ana Paula Pizzi
Interdisciplinar: Revista de Estudos em Língua e Literatura, v. 11, jan. 2010 a jun. 2010
p. 333-342
A história imprime seus vestígios nas coisas, e através dos vestígios, dos rastros, a arte capta uma origem vacilante, composta não apenas de história, mas também de toda lamentação dos esquecidos por ela. Esse artigo propõe uma relação entre dois textos que tratam dessa incisão na história: o conto “Meu Tio O Iauaretê” de João Guimarães Rosa (1968) e o livro sobre o mito tupinambá “Meu Destino é Ser Onça” de Alberto Mussa (2009). A literatura que abre-se a esses esquecidos faz mais que oferecer sua vida e suas histórias, ela oferece seus olhos para que vejamos o mundo lá fora com a alma daqui de dentro: como um animal. Esse é o destino da literatura: virar onça para poder farejar vestígios e revelar sobrevivências.
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