JOÃO GUIMARÃES ROSA
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A extinção que não se acaba - "Nenhum, nenhuma"
Luiz Tatit
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A extinção que não se acaba - "Nenhum, nenhuma"
Luiz Tatit
Alfa: Revista de Linguística, v. 53, n. 2, 2009
p. 405-427
Este artigo coteja duas visões de construção do sentido, uma formulada de maneira científi ca pela semiótica de Algirdas Julien Greimas e outra elaborada em termos literários pela pena de João Guimarães Rosa. A partir de uma análise do conto ?Nenhum, nenhuma?, do escritor brasileiro, o autor desvenda as oscilações tensivas (de intensidade e extensidade) que regulam a trama narrativa da história, mostrando que os diferentes graus de tonicidade e/ou velocidade dos afetos revelados pelas personagens confi guram com maior precisão as causas de seus encontros ou separações. O próprio enunciador manifesta sua fi delidade a uma das personagens do conto por meio de ajustes tensivos (ambos cultivam a duração, a longevidade) que asseguram entre eles uma identidade profunda. Esse plano de interação difi cilmente seria reconhecido por um enfoque exclusivamente narrativo e discursivo.
Palavras-chave do autor:
Semiótica
|
sentido
|
tensividade
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