Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução
Este trabalho se inserta nos Estudos da Tradução, mais precisamente na linha de pesquisa Teoria, Crítica e História da Tradução e tem como objetivo a (re)tradução para o espanhol de três estórias de João Guimarães Rosa, na perspectiva da tradução como jogo da diferença. As estórias que conformam o corpus são “Sorôco, sua mãe, sua filha”, “A terceira margem do rio” e “O cavalo que bebia cerveja”. Em virtude da existência de uma tradução dessas estórias, datada de 1969, realizada por Virgínia Fagnani Wey, e uma retradução, de 2001, de autoria de Valquíria Wey, como objetivos específicos, analisamos suas microestruturas para responder a indagação: Como, estrategicamente, as tradutoras lidam com zonas textuais conflitantes concernentes a traços do estilo da escrita rosiana como escolha do léxico, aspectos verbais, nominalização e sonoridade? Para embasar teoricamente esta investigação recorremos à Teoria dos Polissistemas, aos Estudos Descritivos da Tradução e à Teoria da Retradução. Os modelos adotados para análise e crítica de tradução são o de Berman (1985) e o de Lambert e Van Gorp (1985); como concepção de tradução, reflexões de Blanchot (1971).