O artigo realiza um cotejo entre a perspectiva literária do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1067) e o pensamento estético do filósofo alemão Herbert Marcuse (1898-1979) sobre a papel da literatura como resistência política. O esforço é o de pensar as aproximações e os distanciamentos entre a estética literária de Rosa e de Marcuse a partir de dois mirantes: o do escritor e o do filósofo, no sentido de apreender a instância questionadora da matéria literára. No final do artigo, à guisa de considerações finais, são apresentados alguns apontamentos para se pensar a literatura como fonte de conhecimento, tendo as reflexões roseanas e marcuseanas como fundamento.