JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Autran Dourado
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Autran Dourado
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Teses/dissertações
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A salvação e a queda em 'Grande Sertão: veredas' e 'O risco do bordado'
Carlos Palacios
Tese de Doutorado
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2019
Na Bíblia, a queda é o primeiro conflito, o acontecimento que dá início à história do homem, encerrada depois com a metáfora da salvação. Contudo, ambas metáforas não se restringem a esses dois momentos, fazendo parte de toda a narrativa bíblica, nos pactos firmados e rompidos entre homem e Deus, e nas ficções seculares tanto clássicas quanto modernas, em suas mais variadas formas e significados. Na narrativa ficcional, a salvação e a queda estão relacionadas à morte, tanto como tema, da vida de um indivíduo que chega ao fim, quanto estrutura, já que toda narrativa, para que tenha sentido, precisa de um fim. Deste modo, partimos de uma análise do “instinto de morte” de Freud (2010) para chegar à teoria da narrativa de Peter Brooks (1992) em torno da relação entre ficção e morte, buscando amparo em diversos autores como Lukács (2009), Benjamin (1994), Blanchot (2011), Octavio Paz (2012; 1996) e outros. Após essa introdução teórica, entramos na análise comparativa entre Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, e O risco do bordado, de Autran Dourado, com o seguinte caminho: a queda primordial do protagonista que sai de casa rumo ao aprendizado; a morte do pai e seus múltiplos sentidos; a experiência frustrante com o amor; o pacto necessário para se manter viva a narrativa; e, por último, o acontecimento final nos dois romances, a morte de Diadorim, em Grande sertão, e a morte de Xambá, em O risco do bordado, cada uma com seu significado próprio e intimamente relacionado à salvação e à queda.
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Olhando sobre o muro : representações de loucos na literatura brasileira contemporânea
Gislene Maria Barral Lima Felipe da Silva
Tese de Livre Docência
Universidade de Brasília
2008
O objetivo desta tese é contribuir com a reflexão acerca das formas de representação de grupos marginalizados na literatura brasileira, especificamente no que se refere aos indivíduos psiquicamente perturbados – referidos como loucos. Tomada como objeto social, a loucura é construída por uma rede de discursos que circulam socialmente em relação ao ser do louco e da especificidade da loucura. Se o fenômeno pode ser tratado sob diferentes perspectivas, também o discurso literário, como fonte e espaço de representações, contradições e tensões, pode expressar um saber sobre esse objeto, possibilitando uma compreensão do louco enquanto alteridade, e mesmo como uma identidade social, considerado sujeito da diferença. Partindo do estudo de obras ficcionais literárias relativamente recentes, esta tese aponta a seguinte constatação: conforme o modo de representação da personagem louca, o texto literário estaria operando uma visão emancipatória em relação a esse grupo marginalizado, ou, por outro lado, reforçaria os estereótipos e os preconceitos existentes no espaço social, ao passo que as uto-representações centram-se na linguagem e na escrita como estratégias para revelação de novas identidades sociais. Mediante uma análise estrutural da composição da personagem, examina-se o modo de representação na construção da identidade e da alteridade, apontando elementos usados nos textos que configuram identidades deterioradas pelo estigma de loucas. Este estudo contempla obras narrativas ficcionais da literatura brasileira publicadas no período compreendido entre 1951 e 2001. Enquanto as representações da alteridade são colhidas dos textos literários ―A doida‖ (1951), de Carlos Drummond de Andrade; ―Sorôco, sua mãe, sua filha‖ (1962), de Guimarães Rosa; ―As voltas do filho pródigo‖ (1970), de Autran Dourado; Armadilha para Lamartine (1976), de Carlos Sussekind; O exército de um homem só, (1973), de Moacyr Scliar; e O grande mentecapto (1979), de Fernando Sabino; as auto-representações são obtidas das obras Hospício é Deus (1965), de Maura Lopes Cançado, e Reino dos bichos e dos animais é o meu nome (2001), de Stela do Patrocínio. Para fundamentar teoricamente a discussão sobre o problema, toma-se como base a teoria da narrativa, com uma abordagem em que se cruzam pressupostos das teorias da identidade e da Teoria das Representações Sociais com o pensamento filosófico de Michel Foucault. No desenvolvimento da análise, considera-se ainda a contribuição das pesquisas da antropologia social, de Erving Goffman, em diálogo com a visão política dos estudos culturais, além de textos de antipsiquiatras, como Thomas Szasz e David Cooper, que debatem o estatuto da loucura no mundo contemporâneo.
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Os itinerários do desassossego: análise comparada da obra contística de Haroldo Conti
Giseli Cristina Tordin
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual de Campinas
2010
Haroldo Pedro Conti (1925-1976?) nasceu na cidade de Chacabuco, na província de Buenos Aires. Colaborador da revista Crisis, professor de latim, roteirista e premiado em 1975 pela revista Casa de las Américas, Conti teve sua produção literária interrompida quando foi sequestrado no começo da ditadura militar argentina. Ainda hoje figura na lista de desaparecidos políticos. Devido a este histórico, é comum a fortuna crítica realizar uma leitura da obra de Conti enfatizando mais o viés político e menos o estético. A este desequilíbrio soma-se outro: Conti ainda é um escritor pouco estudado. À guisa de exemplo, o volume de contos completos de Haroldo Conti foi lançado pela primeira vez apenas em 1994, ou seja, depois de quase vinte anos do término da ditadura militar argentina. No Brasil, Conti é ainda mais desconhecido: somente um romance - Mascaró, El cazador americano - foi traduzido ao português. Na tentativa de expandir as leituras da obra de Haroldo Conti, o objetivo desta dissertação é analisar comparativamente os contos do escritor argentino com contos brasileiros. Para tanto, privilegiou-se, além da cronologia - contos brasileiros pertencentes ao mesmo período em que Conti escreveu sua obra contística, entre os anos de 1960 e 1970 -, o aspecto geral da trama, comum a todas as narrativas analisadas: o amor dos protagonistas ou narradores por outrem - um pai, um tio ou um irmão - e o desejo de, na recordação, criar um vínculo com este outro e realizar a constituição de si enquanto sujeito. As narrativas brasileiras que compuseram a análise - "A terceira margem do rio" (Guimarães Rosa), "As voltas do filho pródigo" (Autran Dourado) e "Frio" (João Antônio) - permitiram uma maior compreensão daquilo que move as personagens contianas e como estas constroem o "esforço por existir". Para realizar esta "descoberta de si", elas precisam aprender a enxergar, a partir do outro, a presença de um mundo antes não sensível aos olhos. Através das "pequenas percepções" que se instalam gradualmente nestas personagens, elas tentam recuperar não apenas o espaço-tempo que ficou para trás, senão o encontro com o outro: um encontro que não se deu em vida e que tem, através da memória, a última chance de ocorrência.
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