JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Sertão
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Teses/dissertações
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Estética do sertão
Ângela Maria de ALMEIDA
Tese de Doutorado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2004
Doutorado em Ciências Sociais / Área de Concentração: Cultura e Sociedade
A porta do sertão aberta pela Tese é magica, festiva, poética, triste, árida, mítica; é construída com rimas, sonhos, cores, santos, demônios, pedras, morte e vida. Evoca a música que vem dos tambores, dos pífanos, das violas e das rabecas. Exibe trajes com bordados coloridos, da chita, do couro trabalhado dos gibões, dos mantos dos reis, das composições bricoladas com retalhos e fitas coloridas. O sertão apresentado ressalta a riqueza excessiva de um imaginário repleto de animais bizarros, anjos, demônios, e homens que sentam à mesma mesa, numa espécie de confraria mágica. Trata-se de um sertão que se mostra por meio de uma vegetação quase rasteira, formando uma massa ocre-terra, ocre-vegetação, que se estende e oprime os fios de espelhos d´água que insistem em correr entre as terras secas. É desse contraste que nasce a estética do sertão: das imagens plásticas e poéticas que o homem sertanejo cria como elementos que complementam ou rivalizam com a geografia árida. Os suportes teóricos da Tese vem da obra de Edgar Morin e de Claude Levi-Strauss. Da literatura traz as vozes de José Lins do Rêgo, João Guimarães Rosa e Euclides da Cunha. Da estética, como filosofia, recruta as reflexões de Erwin Panofsky e Clement Greenberg. O estilo narrativo do texto assume a rima dos cantadores de cordel e poetas populares, no ângulo criador do homem e da natureza do sertão. A ideias e argumentos se relacionam num tempo não-linear, num tempo mítico. Como o romanceiro medieval, a narrativa é repleta de relatos que atestam o hibridismo entre os domínios do real e do fantástico. Discute-se aqui como arguemnto central a relação de oposição e complementaridade entre falta e excesso, padrão e variação, contingência e criação que constituem a estética do sertão
Palavras-chave do autor:
Sertão
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A poetização do espaço nos Sertões de Euclides e Rosa
Celina Leal dos Santos
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2006
O objetivo desta pesquisa é mostrar como se constrói o espaço nas narrativas: Os Sertões, de Euclides da Cunha e Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa. Intenta-se refletir sobre os seguintes problemas: Que elementos compõem o espaço em Os Sertões e Grande Sertão: Veredas? Como os múltiplos espaços influenciam nos elementos componenciais da narrativa e vice-versa? De que forma o SERTÃO pode se tornar o elemento aglutinante da espacialidade em Os Sertões e Grande Sertão: Veredas? Consideram-se basilares para esta pesquisa o estudo de Gaston Bachelard, o de Antonio Dimas e, o de um terceiro, Milton Santos, tomado de empréstimo à Geografia. Do último, serão extraídos conceitos-chave como a concepção de espaço, lugar e paisagem. O capítulo I trata dos elementos espaciais que compõem Os Sertões; o capítulo II aborda os elementos espaciais relativos à Grande Sertão: Veredas e, em seguida, no capítulo III, propõe-se uma avaliação dos elementos espaciais comuns a ambas as narrativas, também busca-se apreender como o SERTÃO se torna o elemento aglutinante dessas espacialidades. O sertão é destacado, nesse trabalho, como macro-espaço, dividido em micro-espaços representados por elementos naturais formados pelo aquático, pela flora e pela fauna. Quanto aos espaços artificiais, salientam-se as construções que envolvem a fazenda, o sítio, a casa, o sobrado, a choupana, a igreja, o cemitério, a cadeia, seja do ponto-de-vista interior, seja do exterior. Assim, procurou-se resgatar traços da criação espacial, envoltos em um discurso híbrido de jornalismo, geologia, ciências, história, sociologia e literatura, em Os Sertões, assim como manifestações latentes da criação espacial em Grande Sertão: Veredas
Palavras-chave do autor:
backlands
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backwoodsman
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construção
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construction
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Cunha, Euclides da -- 1866-1909 -- Os sertoes -- Critica e interpretacao
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Espaço
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Espaco e tempo na literatura
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literatura brasileira
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lugar
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Nature
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natureza
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place
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Rosa, Joao Guimaraes -- 1908-1967 -- Grande sertao : veredas -- Critica e interpretacao
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sertanejo
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Sertão
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setting
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Rastros em chão branco: o sertão de João Guimarães Rosa entre percepções e memórias de travessias
Ana Luísa Fonseca de Vasconcellos
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual Paulista - Araraquara
2015
Faculdade de Ciencias e Letras
Lugar emblemático no imaginário brasileiro, o sertão é um tema recorrente em diversos estudos culturais e geográficos do país. Considerando a conotação existencial que lhe confere o escritor João Guimarães Rosa e baseado em uma etnografia realizada na região mineira em que o mesmo ambienta boa parte do romance Grande Sertão: Veredas, na extensão compreendida entre os Rios Urucuia e Paracatu, o presente trabalho visa à construção de uma narrativa reflexiva sobre experiências de espaço e imagens constitutivas da memória e do imaginário de habitantes do sertão mineiro. Apoiando-nos, pois, em uma pesquisa de campo que consistiu no deslocamento entre diferentes localidades rurais e urbanas e na realização de entrevistas com sujeitos conhecidos ao longo do caminho, este trabalho se compõe de imagens, narrativas, histórias de vida, impressões de viagem e reflexões a partir das quais procuramos repensar - no diálogo com a literatura roseana - o imaginário e a idealização dos lugares e das pessoas ditos sertanejos.
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Espaço
|
memória
|
Sertão
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Ser-tão Cerrado de Guimarães Rosa: espaço movimentante
Gabriel Túlio de Oliveira Barbosa
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Minas Gerais
2013
O escritor João Guimarães Rosa, além de toda a elaboração estética, do significado mítico-místico e da profunda concepção psicológica de seus personagens, deixa transparecer também em sua obra uma preocupação sobre as questões sociais e ambientais que envolvem o cenário regional, nacional e universal do sertão, que também é o mundo. No projeto literário do autor, o sertão e o Cerrado transcendem seus destinos de moldura narrativa, para se conformarem em personagens co-protagonistas das narrações. Um espaço-palco permeado por uma rica e sofrida história, um mundo muito misturado no coração do país. Apesar de evidenciar um continuum espacial em todas as suas narrativas, existem nuances socioespaciais intercaladas entre os livros do autor. Selecionamos nesta pesquisa três momentos ficcionais e alegóricos deste espaço movimentante: a) o sistema jagunço de Grande Sertão: veredas; b) os gerais em movimento de Corpo de Baile; c) e o mundo maquinal de Primeiras Estórias. As nuances ficcionais são reflexos das transformações dos gerais, desde a decadência do jaguncismo no final do século XIX e início do século XX, passando pelo desenvolvimento getulista nos anos 40 e 50, até a inauguração de Brasília, no início da década de 1960. O autor, contudo, não pode acompanhar as intensas transformações do Cerrado nas décadas subsequentes à sua morte em 1967. As mudanças de matrizes de racionalidades levadas pela modernização para o ambiente artístico de Rosa induziram profundas modificações na dinâmica dos recursos naturais e no sistema de uso da terra. Desta forma, objetivou-se nesta pesquisa, além da análise das obras de Guimarães Rosa, conceber uma experiência sensorial com o sertão rosiano na atualidade para absorver sabedorias in locu e compreender de que maneira se articula este espaço movente. A vivência de campo contribuiu para a escritura de sete episódios/insights, contextualizando os três momentos ficcionais de Grande Sertão: veredas, Corpo de Baile e Primeiras Estórias e suas relações com o sertão presente. Concluiu-se que apesar das pressões externas, a cidade não acaba com o sertão. A matéria vertente integradora do ser-tão cerrado continuará a conduzir sua alma, enquanto for dimensão da vida humana, de existência, onde é percebido, vivido e afetivamente experienciado pelos sertanejos. E é de dentro deste lugar onde deve estar o núcleo de resistência que represente uma resposta veemente às tentativas de homogeneização do espaço. Vimos alguns exemplos de resistências socioambientais, cujas propostas locais partem da inspiração na matriz literária de Guimarães Rosa, capaz de transmitir, iluminar e estimular um olhar artístico para o espaço, tal como lentes para uma percepção cativante da realidade.
Palavras-chave do autor:
Cerrado
|
Geografia
|
Guimarães Rosa
|
literatura
|
Sertão
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Geografia, Espaço e Ambientação
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A transfiguração do espaço: um olhar oblíquo sobre o sertão
Reinaldo Oliveira Hening
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2012
FFLCH / Teoria Literária e Literatura Comparada
Antonio Candido, na Formação da Literatura Brasileira, disse que a vocação ecológica de nosso romance, nossa fome tão característica de espaços, em boa medida foi a forma que nossos primeiros romancistas teriam encontrado para substituir complexidade e variedade sociais supostamente inexistentes no Brasil àquela altura, que seriam, segundo ele, a própria carne da ficção de alto nível. Numa sociedade recém emancipada, com poucos nichos de urbanização, caracterizada por uma rede pouco vária de relações sociais em que os conflitos entre ato e norma seriam menos frequentes, o caráter paisagístico e investigativo de nosso primeiro romance teria sido a um só tempo muleta e solução privilegiada. Esse pensamento se alinha à tendência mais geral da teoria do romance de considerar como elementos fundamentais do gênero a ascensão da burguesia capitalista e a consolidação do realismo individualista. Os heróis do romance passam a ser então os heróis do individualismo econômico, o que demonstraria a coerência entre o gênero e os rumos filosóficos e econômicos da sociedade moderna. Concorda com ele, por exemplo, Lúcia Miguel-Pereira, para quem, sendo o gênero literário que mais diretamente se nutre da vida de relação, dificilmente poderia o romance atingir a culminâncias numa sociedade sem estratificações profundas, de fraca densidade espiritual. Pois bem, se o romance não pode lidar com os elementos essenciais da vida de modo geral e abstrato, mas tal como se revela através de determinado grupo humano, ou seja, socialmente verossímil como prega a mesma Lúcia Miguel-Pereira, então como explicar a complexidade e a modernidade de um narrador como Riobaldo e a qualidade de um romance como Grande Sertão: Veredas, se alocados no suposto isolamento de um sertão patriarcal? Partindo desse problema central, busca-se nesta pesquisa fundamentalmente a partir das relações entre a figuração espacial do romance e o ethos desse narrador sertanejo, entender como o espaço e o contexto social periféricos podem ter interferido na forma do romance, já que, como coloca Franco Moretti: Um novo espaço encoraja mudanças de paradigma [...] porque coloca novos problemas e dessa forma pede novas respostas. Força escritores a assumir riscos e tentar combinações inauditas.
Palavras-chave do autor:
Espaço
|
ética
|
João Guimarães Rosa
|
teoria do romance
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Sertão
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6/9
Prosas do sertão: as margens da narrativa em 'Grande sertão: veredas' e em 'Nhô Guimarães'
Helder Santos Rocha
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2014
Esta dissertação se propõe a analisar alguns aspectos atinentes à relação intertextual que se dá entre os romances Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, e Nhô Guimarães (2006), de Aleilton Fonseca, sobretudo no que tange aos elementos de composição utilizados nas suas narrativas, tendo como elo o contexto sertanejo. A análise partiu de uma noção de intertextualidade, atribuída por Júlia Kristeva (1974) a partir do conceito de dialogismo bakhtiniano. Assim, buscou-se analisar, primeiramente, os sentidos atribuídos à palavra sertão no decorrer do tempo e com a invenção de suas imagens a partir de obras como a do autor mineiro – que, por sua vez, também constrói um diálogo intertextual com Os sertões (1902), de Euclides da Cunha – além do romance contemporâneo do escritor baiano, Aleilton Fonseca, que não somente retoma o sertão ficcional como contexto para seu romance, mas que também cria intertextualmente o próprio Guimarães Rosa como personagem de sua ficção. Logo, em seguida, alguns aspectos de composição narrativa dos dois romances foram tomados para a sua descrição e discussão, como a “voz” sertaneja, a criação de um relato memorialístico, a inventividade da palavra literária, além do aspecto “autorreflexivo” e pós-moderno do romance de Aleilton Fonseca. Como traço de destaque nos dois romances, pode-se dizer que se trata de narrativas de misturas de técnicas e de gêneros próprios da tradição e da modernidade, situação que demonstra a hibridez e a ambivalência de seus discursos, além de confirmar o aspecto de “mobilidade”, “ambiguidade” e “pluralidade” que boa parte da crítica rosiana atribui a sua obra. Já o romance Nhô Guimarães, além de recriação “estilística” de alguns aspectos de composição da narrativa de Guimarães Rosa, também apresenta traços que situam essa produção dentro do que alguns teóricos e críticos estão denominando de narrativa “pós-moderna”, devido ao seu aspecto “autorreflexivo” e de “metaficção historiográfica”, dados não somente pela incorporação de elementos biográficos do autor mineiro no enredo de seu romance, mas também pela própria recriação estilística de elementos e cenas do Grande sertão: veredas.
Palavras-chave do autor:
Aleilton Fonseca
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Guimarães Rosa
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intertextualidade
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Narrativa
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Sertão
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7/9
Fotografia e literatura: os signos de uma narrativa do sertão no livro 'A João Guimarães Rosa' da fotógrafa Maureen Bisilliat
Victor Godoi Castro
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2018
O objetivo deste trabalho é estudar as relações entre os signos textuais e visuais na construção de uma narrativa do sertão no livro A João Guimarães Rosa (1969) da fotógrafa Maureen Bisilliat. O livro contém fotografias das paisagens e habitantes do norte de Minas Gerais acompanhadas de fragmentos do livro Grande Sertão: veredas de Guimarães Rosa, que atuam como guia para uma ressignificação das pessoas e locais retratados. Considerando a nação na perspectiva de Stuart Hall (2001) e Homi Bhabha (1998), como um sistema de representações sociais que constituem um tecido de múltiplas narrativas e tendo em foco a identidade nacional brasileira, que tem no sertão uma de suas mais poderosas representações, buscase compreender como a fotografia de Bisilliat interage com os textos de Rosa na construção de uma narrativa de identidade do sertão. A partir de Philippe Dubois (2012) e Boris Kossoy (2016), discute-se a fotografia enquanto possuidora de uma narrativa própria, que em Maureen Bisilliat, contribui para construir uma noção de identidade sertaneja/nacional. Na análise, os elementos que compõe a narrativa de sertão em Grande sertão: veredas foram identificados e classificados conforme a Análise de Conteúdo de Laurence Bardin (2011). Com base na semiótica de Charles S. Peirce (2010) e no mapa metodológico proposto por Lúcia Santaella (2002) executou-se a análise dos signos fotográficos em suas dimensões icônicas e, em posse dos parâmetros estabelecidos pelas análises de conteúdo e semiótica, foi estabelecida uma relação entre os signos textuais roseanos e os signos visuais/textuais da obra de Maureen Bisilliat. Observou-se, assim, que a fotógrafa realiza uma iconização das imagens, a partir dos altos contrastes entre luz e sombra e do acréscimo do texto de Rosa, que modifica o seu significado. Além disso, percebeu-se a presença de um discurso sobre o sertão que se assemelha ao historicamente construído, em que as características negativas deste se relacionam a seu isolamento e atraso, enquanto as positivas indicam possibilidade da superação da condição sertaneja.
Palavras-chave do autor:
fotografia
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identidade nacional
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Semiótica
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Sertão
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tradução intersemiótica
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As arquitetônicas sertanejas da ficção de João Guimarães Rosa
Harlon Homem de Lacerda Sousa
Tese de Doutorado
Universidade Federal do Ceará
2018
Programa de Pós-graduação em Letras
As arquitetônicas sertanejas da ficção de João Guimarães Rosa são as categorias que dimensionam essa ficção como um novo gênero narrativo criado, construído e realizado nos sete livros que a compõem. A finalidade deste trabalho é de apresentar um conjunto de reflexões e discussões para fundamentar a hipótese basilar de releitura da obra rosiana a partir do pensamento teórico-filosófico de Mikhail Bakhtin e de redimensionar a teoria bakhtiniana a partir da literatura de Rosa. A tese se apresenta dividida em duas partes, sendo a primeira de apresentação e discussão da fortuna crítica e das categorias teóricas que servem de anteparo para a segunda parte, a análise da ficção de Guimarães Rosa. Cada discussão está ligada através de reflexões filosóficas e críticas para o estabelecimento e confirmação da hipótese materializada na questão: como a fortuna crítica rosiana pensa o sentido estético e ético da forma literária de João Guimarães Rosa? As respostas são direcionadas e redirecionadas em cada um dos quatro capítulos da primeira parte e demonstradas nos quatro capítulos da segunda parte. Além da teoria bakhtiniana, vários pensadores da Literatura, da Filosofia, da Estética e da Cultura surgem ao longo do trabalho a fim de alicerçar e estabelecer as linhas de argumentação principais da tese: os conceitos de Weltanschauung e de Arquitetônica para definição da ficção rosiana como um novo gênero literário, que está nomeado aqui como narrativa arquitetônica.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
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Mikhail Bakhtin
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Narrativa Arquitetônica
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Sertão
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9/9
Miguilins no sertão da cabaça azul: incandescência, infância e devaneios poéticos em Mutum
Ednalda Soares
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2011
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
A presente dissertação empreende uma leitura poética da novela Campo Geral, de Guimarães Rosa, do filme Mutum, baseado na novela citada e dirigido por Sandra Kogut e da investigação em campo realizada em cidades de Minas Gerais-MG envolvidas na realização desse filme. O propósito dessa leitura é comunicar a experiênica devaneadora realizada a partir de uma obra fílmica, de uma narrativa literária e do encontro com cinco atores não-profissionais e três pessoas da equipe técnica de Mutum. Para isso, o devaneio poético, proposto por Gaston Bachelard, é usado como recurso cognitivo para experienciar a realidade semi-imaginária do homem, a partir do acionamento do duplo no processo de participação afetiva (MORIN,1997). O filme escolhido trata das impressões de uma criança, que vive com seus pais, seus irmãos, sua avó e sua cachorra Rebeca num lugar chamado Mutum. Sob a perspectiva do ser devaneador, que medita sobre as imagens da infância onírica dentro do contexto do sertão, de um sertão que é transformado e alargado por meio do sonho poético, alcançamos a infância meditada (BACHELARD, 2006). Ao longo da narrativa desta pesquisa, Guimarães Rosa, a diretora Sandra Kogut, eu mesma enquanto indivíduo/pesquisadora e os interlocutores da Família Mutum que encontrei em Minas Gerais, todos nós somos tomados enquanto Miguilins que sonham o sertão da cabaça azul. Incandescentes, múltiplos, palimpsestos, esses Miguilins são portadores da carteira de identidade multicolorida e com ela compreendem a participação humana na Grande Narrativa (SERRES, 2005).
Palavras-chave do autor:
cinema
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devaneio poético
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infância
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literatura
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Mutum
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Sertão
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