JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Teses/dissertações
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Conversões mitopoéticas em 'Primeiras estórias'
Leandro Gama Junqueira
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2004
Faculdade de Letras, Departamento de Letras Vernáculas
Esta Dissertação desenvolve um estudo sobre a correlação do mítico, do simbólico e do imaginário na constituição da narrativa de Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa, tomando por base os contos Pirlimpsiquice, O Espelho, Darandina, A Terceira Margem do Rio, As Margens da Alegria e Os Cimos. Estabelece-se nela a arte como manifestação do real. Defende-se a idéia de que Primeiras estórias possui um princípio interpretativo inerente a estrutura da obra. As reflexões giram em torno das conceituações sobre a consagração do tempo e do espaço, iniciação, imanência, transcendência e transdescendência, Homo Viator (Religiosus/Trans/humano), personagente, psiquiartista, elementos apresentados de modo original na obra de Guimarães Rosa. A palavra chave deste trabalho é travessia, sinônimo de metamorfose, de conversão, mostrando que, por isso, a narrativa está em metamorfose constante, convertendo em símbolo todos os seus elementos. Mostra, ainda, que a força mágica do narrar é o agente ficcional de coesão no qual o mítico e o simbólico se integram na invenção rosiana da realidade. A verdade poética de Primeiras estórias é uma manifestação mítica, simbólica e imaginária. O real é a interação dialética desses três pontos que convergem e convertem o narrar rosiano em narrativa mitopoética: ela não imita a realidade, mas manifesta-a. A mímesis não é imitação, mas concriatividade do mítico, do simbólico e do imginário na constituição do real.
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O espelho e a duplicação do eu
Ivete Vidigoi de Souza
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2005
O objetivo deste trabalho foi mostrar a partir da metáfora do espelho caracterísicas pertinentes ao duplo em duas personagens literárias As personagens centrais que permitiram o exame das formas de manifestação do duplo perencem aos contos chamados O espelho um de Machado de Assis, autor do século XIX e outro de Guimarães Rosa, do século XX Para o estudo da questão do duplo apoiamos-nos nas idéias de vários teóricos A análise dos dois contos em relação á duplicidade baseou-se sobretudo nos princípios de polifonia e dialogia de Bakhtin Do ponto de vista da duplicidade na narrativa, a teoria de Piglia ofereceu especialmente elementos para o estudo do conto de Machado de Assis enquanto o de Guimarães Rosa foi analisado sob o olhar ensaístico tendo por base a teoria de Adorno a fim de relacionar o caráter prismático do ensaio com a questão do duplo. Esta pesquisa procurou desenvolver uma proposa de leitura nova para um tema ainda pouco esudado, portanto aberto a outras reflexões e aprofundamentos.
Palavras-chave do autor:
a identidade
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Assis, Machado de, 1839-1908 - O espelho - Crítica e interpretação
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conto
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ensaio
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literatura brasileira
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o duplo
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o eu e o outro
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personagem
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Rosa, Guimarães, 1908-1967 - O espelho - Crítica e interpretação
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Dois relatos, duas onças, três gêneros : "Meu tio o iauaretê" e "O espelho", de João Guimarães Rosa
Thaís Damasceno Felix Barcellos
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Espírito Santo
2015
Centro de Ciências Humanas e Naturais
Em nossa Dissertação de Mestrado, estudaremos, sobretudo, Meu tio o iauaretê, de Estas estórias, e, ainda, O espelho, de Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa. Estes são os objetivos gerais do presente trabalho. Em relação ao primeiro relato (uma narrativa mais longa), temos como propósito específico efetuar a sua análise por meio da teoria do gênero fantástico desenvolvida por Tzvetan Todorov, a qual leva em conta os gêneros estranho e maravilhoso. Em relação ao segundo (uma narrativa bem menos extensa), o nosso intento específico é a sua abordagem a partir do maravilhoso. Também lançaremos mão de conceitos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, na leitura de ambos os textos: noções como inconsciente coletivo, arquétipo, anima, animus, alma do mato (para Meu tio o iauaretê), si-mesmo ou self, persona e sombra (para O espelho). Não pretendemos, todavia, transformar os personagens das duas obras em casos clínicos, mas mostrar como aspectos da teorização junguiana, tal como ocorre com a de Freud, servem para iluminar a produção literária de um modo geral. Dois detalhes que funcionam como fatores de ligação das duas narrativas de Rosa são as presenças da figura da onça e do espelho nas páginas de ambas.
Palavras-chave do autor:
Fantástico
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MARAVILHOSO
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Narrativa
|
psicologia analítica
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4/10
A terceira margem da performance: um estudo do ato-narrativo em três contos de Guimarães Rosa
Wellington Rodrigues Barros
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Goiás
2017
Programa de Pós-graduação em Performance Cultural (FCS)
A presente dissertação procura estudar a relação entre os conceitos de narrativa e perfomance a partir do fenômeno da contação de histórias aplicada em três contos de Guimarães Rosa: ‘As Margens da Alegria’, ‘O Espelho’ e ‘A Terceira Margem do Rio’, da obra ‘Primeiras Estórias’ (1988). Metodologicamente a pesquisa constituiu um corpus referenciado na performance narrativa do próprio autor em conjunto com outras duas performers e com registro audiovisual, de modo a refletir na análise e na materialização do ato-narrativo.
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5/10
A crise do sujeito: aspectos da modernidade em dois contos 'Primeiras estórias', de Guimarães Rosa
Ana Danielle Lemes Mayer
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Minas Gerais
2017
Neste trabalho é propostauma leitura dos contos Nenhum, nenhuma e O espelho, presentes no livro Primeiras Estórias,de Guimarães Rosa. As duas estóriassão analisadasinserindo-as no contexto da modernidade, tendo como tema principal a crise do sujeito. É abordada como se dá,nas duas narrativas,a noção de que o sujeito é, na verdade, fragmentado,e também a busca e a impossibilidade de atribuir sentido ao eu. No conto Nenhum, nenhuma, considerandoa importância do passado para a constituição do sujeito, a impossibilidade de reconstituí-lo por meio da memória acaba resultando em uma crise de identidade, marcada no conto pela oscilação constante do foco narrativo e pela interrogação acerca do eu que se apresenta na narrativa. Já no conto O espelho, a crise de identidade se inicia quando o narrador-personagem, diante de um espelho, vê, no lugar de seu reflexo, a imagem de uma espécie de monstro, que ele percebe se tratar dele mesmo. Reconhecendo, então, a existência de um eu que se esconde por detrás das aparências, o narrador se propõe a realizar um experimento, buscando, assim, alcançar essa parte oculta de si.
Palavras-chave do autor:
"Nenhum, nenhuma"
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crise de identidade
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Guimarães Rosa
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Indeterminação
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modernidade
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O espelho
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
filosofia
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6/10
A subversão do real na linguagem em Guimarães Rosa
Patrícia Ferraz
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual de Ponta Grossa
2018
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
A presente dissertação desenvolve uma reflexão sobre o funcionamento da linguagem em um conjunto de contos produzidos por Guimarães Rosa, na perspectiva de uma potencial subversão do real. Para essa abordagem, consideramos que o modo de expressão dos contos em análise transgride e questiona a lógica do real, na medida em que instauram novas leis para o encaminhamento das ações nas narrativas em destaque. Os contos selecionados para análise são “O burrinho Pedrês”, de Sagarana (1946), “O espelho”, de Primeiras Estórias (1962), e “Meu tio o Iauaretê”, de Estas Estórias (1969). Como aparato teórico para potencializar a reflexão, discutiremos a teoria clássica sobre o fantástico, proposta principalmente por Tzvetan Todorov (1970) e as considerações de David Roas em seu estudo A ameaça do Fantástico (2014), em que questiona e problematiza as proposições de Todorov; para a abordagem da produção de Rosa será tomada também a crítica de Antonio Candido sobre o "super-regionalismo" em Guimarães Rosa (1987).
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
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linguagem
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LITERATURA FANTASTICA
|
Subversão da realidade
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7/10
A mímesis através dos espelhos de Machado de Assis e de Guimarães Rosa
Thiago da Camara FIGUEREDO
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Pernambuco
2012
Programa de Pós-Graduação em Letras
A Teoria e a Crítica da Literatura usualmente comparam a atividade dos textos poéticos àquela dos espelhos, considerando-os cópia ou refração de uma realidade dada. Desse modo, a fim de que se identifique como as representações se efetivam, parte-se de uma investigação da constituição do real e da dimensão que a linguagem ocupa em tal constituição. Este estudo visa a refletir sobre o conceito e o funcionamento da mímesis, a representação da realidade elaborada por textos literários, a partir de trechos e de obras em que o objeto espelho figura. Assim, especial referência se faz ao trabalho dos filósofos empiristas ingleses concretamente, a Locke, Berkeley e Hume; às investigações filológicas de Auerbach; às teorias da ficção de Bakhtin, Iser e Lima; e aos contos homônimos O Espelho de Machado de Assis e de Guimarães Rosa.
Palavras-chave do autor:
espelho
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Guimarães Rosa
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Machado de Assis
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mimesis
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Representação
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8/10
Kierkegaard e Guimarães Rosa: ressonâncias
Ingrid Bianchini Samczuk
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2010
Programa de Estudos Pós-Graduados em Filosofia
Esta dissertação propõe-se a analisar ressonâncias da filosofia de Søren Kierkegaard na literatura de João Guimarães Rosa, abordagem ainda carente na fortuna crítica do literato. A hipótese da plausibilidade de aproximação entre os dois autores pauta-se por registros de Rosa em cartas e entrevistas a respeito de seu interesse pessoal por Kierkegaard, também demonstrado pela presença de obras do filósofo e de um livro sobre a língua dinamarquesa em sua biblioteca pessoal. Somado a isso, são dois os pontos fulcrais para a aproximação de ambos: a preocupação com o Indivíduo e a importância que a religião possui tanto em suas vidas quanto para a elaboração de suas obras. A partir disso, optou-se pela análise de cinco narrativas de Primeiras estórias, a saber: As margens da alegria, Os cimos, A menina de lá, A terceira margem do rio e O espelho, nas quais foram analisados os protagonistas com o objetivo de demonstrar em que medida cada um representaria os estágios da existência teorizados pelo pensador dinamarquês: estético, ético e religioso. Após a análise, identificou-se o Menino de As margens da alegria e Os cimos, juntamente de Nhinhinha de A menina de lá, com o esteta kierkegaardiano. Ao estágio ético, pertence o narrador de A terceira margem do rio, e ao religioso pertencem tanto o pai de A terceira margem do rio quanto o narrador de O espelho. Sobre essa última personagem, vale a ressalva de que, dentre os elencados para esse trabalho, é o único que percorre os três estágios, de modo a completar seu movimento de subjetivação existencial.
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9/10
Especularidade e refração: uma leitura do conto "O espelho" em sua relação especular com os demais contos de 'Primeiras estórias' de Guimarães Rosa
Luciene Alves de Assis
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2009
A escritura rosiana, em geral, é marcada pela criação de um universo mágico e enigmático. Guimarães Rosa manipula a linguagem com tal intensidade que suas estórias causam um impacto intenso no leitor, tornando-se capazes de provocar nele o desejo de, também, percorrer esse espaço fantástico. A travessia desse universo pode ser feita por vários caminhos. Nesta pesquisa, em particular, escolhemos as bifurcações oferecidas pelo livro Primeiras estórias. Publicado em 1962, o livro reúne vinte e um contos, vistos aqui como relatos de experiências de vida. A pesquisa inicia-se por uma análise do conto O espelho, décimo primeiro conto do livro. A partir daí, ressalta-se a etimologia da palavra espelho e seu significado filosófico, a revelação de uma verdadeira identidade por meio da busca interior e das contradições sugeridas no confronto entre o homem e o menino. Da consciência dessas contradições, nasce uma terceira possibilidade de busca existencial. Em seguida, procura-se mostrar como alguns aspectos do conto central aparecem refletidos nas outras vinte estórias do livro: a insistência em usar o universo infantil, a convivência entre opostos, o surgimento de uma terceira dimensão, além da necessidade de dar o salto mortal para transcender e vislumbrar uma terceira parcela da realidade. Após a aproximação entre os contos, explora-se o conceito de palavra com função correspondente à do espelho. Assim, levantamos a hipótese de um trabalho feito com a linguagem que desencadeia especulações e especularidades sobre uma realidade que não é vista com os olhos do corpo, criando uma escritura que se transforma em espaço onde transcender é possível. Na conclusão, observamos como a tese defendida pelo narrador de O espelho aparece comprovada nas experiências individuais de personagens considerados excluídos. Na intersecção das situações narradas podemos compreender como os paradoxos podem levar à percepção de uma realidade que absorve questões espirituais.
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10/10
A criança e a primeiridade das estórias rosianas
Paula Spernau
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2019
A criança e a primeiridade das estórias rosianas é uma proposta de se traçar caminhos para o projeto po-ético-existencial de Guimarães Rosa, fazendo emergir a criança como imagem seminal e propulsora. As estórias têm a primeiridade como característica fundadora e fundante. São criadoras de mundos e, em mesma medida, apontam para o ver o mundo como a primeira vez, são convite à vivência demoníacointuitiva da vida. Essa chave de leitura estende-se a toda a obra rosiana, em seu compromisso com a metamorfose do homem, sua transcendência e a ruptura contida na primeira vez. O trabalho aponta para “O espelho” e “A hora e vez de Augusto Matraga” como mitos fundadores rosianos, representantes do magistério da busca pela hora e vez, pela vez primeira, pela criança original. Dessa forma, segue-se a abordagem de estórias que fazem emergir as crianças rosianas, crianças originais em proposta de metamorfose. No entanto, para explicitarmos que rosianamente a infância é a origem da vida, não como marco cronológico e sim como princípio ontológico, e que, portanto, pode presidir ao início, ao meio e ao fim de uma existência, também velhos-meninos participam desse trabalho. A importância da criança no universo rosiano é ponto de início e culminância do presente estudo. As estórias são propostas de Coragem e Alegria como autoafirmação existencial do homem e suscitam a questão seminal: “Você chegou a existir?” (ROSA, 1988: 72).
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