São Paulo (AUN - USP) - - O novo cd-rom, “Paisagismo Contemporâneo: Um painel sobre o paisagismo no Brasil e no mundo”, do Quapá (Quadro de Paisagismo Brasileiro) acaba de ser lançado. É o quarto da série pioneira no assunto desenvolvida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo(FAU) da USP sob a coordenação do professor Silvio Soares Macedo.
Podemos dizer que o cd é um “upgrade” da versão de 2003, “Paisagismo Contemporâneo no Brasil”, que enfoca os projetos vinculados à denominada Linha Projetual Contemporânea nas principais cidades brasileiras. Nesse universo compreendemos qualquer ação paisagística a partir da década 90 no âmbito nacional (ou 80 no cenário mundial), período de revisões sociais e palco de mudanças políticas e econômicas radicais. O último cd utiliza o rico material do acervo e acrescenta novas realizações brasileiras e de outros países, além de mudanças no contexto paisagístico mundial nos últimos anos.
Atualmente, a valorização do paisagismo acompanha o crescimento da preocupação ecológica. Tais projetos contemporâneos caracterizam-se por sua pluralidade, pela atenção aos sonhos e ícones de consumo da população, experimentalismo, revitalização de formas e espaços do passado, manutenção de procedimentos projetuais modernistas paralelamente à utilização de novas formas de desenho e adoção de princípios ecológicos.
O material divide-se em duas partes após a apresentação: Projetos pelo Mundo e Elementos do Espaço. Ao clicar na primeira opção, a pessoa terá à sua frente um mapa mundi em que Brasil, EUA, Canadá, Espanha e França são os países em que se localizam projetos paisagísticos, da iniciativa privada ou pública, interessantes para a discussão.
Entre a amostra brasileira, está relatada uma diversidade enorme, de 13 Estados, que expõe desde o Parque da Juventude, em São Paulo, na área antes ocupada pelo complexo penitenciário Carandiru, à Praça Tenreiro Aranha, em Manaus, que faz parte de um programa de revitalização e reurbanização do centro da cidade e tem o artesanato local como tema. Outras construções interessantes abordadas são o Piscinão de Ramos, no Rio de Janeiro, a Praça do Marco Zero, em Recife, e o Largo da Piedade, em Salvador. Nos outros países aborda-se do Central Park ao campus da Universidade Cinccinati, nos EUA, uma biblioteca parisiense, jardins, praças e parques.
Já na seção Elementos do Espaço, há exemplares que compõem espaços livres que passaram por algum tipo de qualificação paisagística, como caminhos, decks, pontes, playgrounds, fontes, arbustos e forrações.
O material, que chega ao resultado final após o apoio do Conselho Nacional de Apoio à Pesquisa (CNPQ, através dos bolsistas) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo ( FAPESP, com bolsistas e apoio financeiro), é destinado a estudantes, arquitetos e leigos que se interessem pelo assunto. Iniciativas nessa área ainda são incipientes no cenário mundial.