ISSN 2359-5191

03/07/2007 - Ano: 40 - Edição Nº: 34 - Meio Ambiente - Escola Politécnica
USP debate potencial brasileiro para geração de energia eólica

São Paulo (AUN - USP) - O agravamento dos problemas ambientais nas últimas décadas tem suscitado inúmeras discussões. Um dos debates mais recorrentes se dá em torno da geração de energia limpa, que consiste na utilização de fontes que não agridam o meio-ambiente. Pensando nisso, a Escola Politécnica da USP (Poli) realizou recentemente um ciclo de palestras e discussões sobre energia eólica, aquela produzida pela força dos ventos.

Durante o evento, muito se falou das potencialidades que o Brasil possui para com relação a este tipo de fonte energética. O mercado nacional, embora ainda seja pequeno, é promissor. Um fator que pode influenciar a opção pela energia eólica é o regime de ventos brasileiro, mais intenso na segunda metade do ano, época em que a produção de hidrelétricas, devido ao pouco volume de chuvas, fica comprometida.

Marcello Storrer Prado, membro da empresa Eólica Brasil, falou sobre a construção da usina de Asa Branca, no litoral do estado do Ceará. Quando acabada, ela será o maior parque eólico do Brasil. O objetivo do projeto é tornar a produção das usinas eólicas tão competitiva quanto as de hidrelétricas e termelétricas, as grandes matrizes energéticas brasileiras.

No entanto, segundo Marcello, o projeto ainda sofre resistências por parte do governo. “Precisamos colocar a energia eólica na pauta de planejamento energético nacional”, diz. Ele acredita que a utilização de uma fonte alternativa pode, inclusive, representar um importante fator de combate à desertificação que assola a Região Nordeste.

Os demais convidados também destacaram outros obstáculos para a produção de energia eólica no país. Entre eles estão o alto investimento inicial exigido, a falta de profissionais especializados, uma vez que existem poucos cursos de capacitação e o preço final pago pelo consumidor, mais alto do que o das matrizes habitualmente usadas . Além disso, há um problema fundamental com o insumo básico. Embora o vento seja uma fonte inesgotável, ele sofre variações, o que pode prejudicar a geração de energia.

A instalação de um parque eólico deve ser feita em lugares onde o vento seja abundante. Nestes locais são colocados um moinho e turbinas em formas de catavento, chamadas de aerogeradores. A energia eólica é usada para mover estas turbinas. O movimento, através de um gerador, produz energia elétrica.

Além de representantes de importantes empresas do setor energético, compareceram ao evento membros do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que, em geral, financia projetos na área. Estiveram presentes também Jorge Lima, funcionário da Eletrobrás, empresa que dá suporte a programas estratégicos do governo, entre os quais o PROINFA (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica).

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