São Paulo (AUN - USP) - O Instituto de Psiquiatria (Ipq), do Hospital das Clínicas, está triando adolescentes e adultos que apresentam dependência de Internet. O grupo formado por quatro psicólogos, um psiquiatra e uma gerente de projetos científicos, estudou durante um ano temas relacionados a essa dependência. A equipe criou um programa psicoterapêutico, realizado no período de 18 semanas, com o objetivo de oferecer tratamento a indivíduos com dependência de internet.
O avanço tecnológico pode acarretar grandes problemas à sociedade, caso não a usufrua com sabedoria. Um compulsivo à Internet ou um cyberviciado é uma pessoa que passa grande parte do dia navegando na rede. Essa dependência manifesta-se como uma incapacidade do indivíduo em controlar o uso excessivo dessa tecnologia, que por sua vez causa efeitos significativamente negativos na vida funcional e cotidiana. As pessoas que despendem muitas horas do dia na Internet tendem a utilizá-la como meio para aliviar a tensão e a depressão. Um fator que pode ser considerado como preditor para a dependência é quando o individuo utiliza a ferramenta como meio social e de comunicação, pois sentem muito prazer e satisfação quando estão on-line. Grande parte dessas pessoas sente dor nas costas, aumento de peso, isolamento social, baixa auto-estima, depressão, problemas oftalmológicos, além de outros.
Pode parecer cômico e até paradoxal, mas na internet, tema aqui tratado como um vício, é possível encontrar vários “testes” que servem de termômetro para que o individuo se auto-avalie a respeito do grau de dependência da mesma.
Fique atento aos sintomas que podem diagnosticar se uma pessoa está dependente da rede:
Os tipos de dependência são: e-mails, chats (salas de bate-papo), jogos on-line, compras, sites com conteúdo especifico (eróticos, de relacionamento, bolsa de valores). Para especialistas não há regra, qualquer pessoa, de qualquer idade, pode se tornar viciado em Internet.
Vale lembrar que esta doença é de âmbito global, atinge países desde os menos desenvolvidos, passando pelos que estão em processo de desenvolvimento até as superpotências mundiais, diga-se de passagem, que este projeto teve como base os estudos publicados pela especialista em comportamento de cyberviciados da Universidade da Pensilvânia nos EUA, Kimberly Young, (http://www.netaddiction.com/bio/bio.htm).