São Paulo (AUN - USP) - Com a crescente preocupação dedicada às questões ambientais, principalmente a partir dos anos 50, o desenvolvimento de um sistema de gestão que a incluísse na própria estrutura das empresas passou a ser necessário para uma estratégia de competitividade.
É disso que trata a tese de Guglielmo Taralli, apresentada recentemente à Escola Politécnica da USP e desenvolvida sob orientação do professor Gil Anderi da Silva, do Departamento de Engenharia Química.
O autor faz uma reflexão sobre o desenvolvimento da humanidade, apontando que as inovações tecnológicas, ao mesmo tempo que trouxeram benefícios para a população, como a cura de doenças e facilidades domésticas, trouxeram também novas preocupações, como, por exemplo, a questão ambiental e de segurança no trabalho.
Ele explica que essas questões, ainda que inicialmente fossem tratadas de forma retroativa, com pesquisas apenas de métodos de remediar os danos causados, estão passando a fazer parte da tomada de decisão das empresas, através da implantação de Sistemas Integrados de Gestão Ambiental e de Segurança e Saúde no Trabalho (SIGs). Assim, em vez de se preocupar com o custo da despoluição, as empresas passam a se preocupar com a não emissão de poluentes.
A implantação de novas tecnologias passa pela preocupação com o meio ambiente, de forma que “a pesquisa de oportunidades de inovação tecnológica, com objetivo de motivar o desempenho das organizações em meio ambiente e em segurança e saúde no trabalho, é impulsionada pela implementação de sistemas integrados de gestão”.
Para chegar a essa conclusão, o autor da tese faz uma análise detalhada de três empresas que implantaram o SIG. O estudo mostra que o sistema não apenas promove uma melhoria para o meio ambiente, através das novas oportunidades de inovação tecnológica, como também uma mudança na postura da comunidade em relação a este, “integrando inclusive fornecedores e prestadores de serviços”. O resultado é o aumento da competitividade.