ISSN 2359-5191

26/12/2008 - Ano: 41 - Edição Nº: 152 - Sociedade - Escola de Comunicações e Artes
Formandos de Artes Plásticas fazem exposição na USP

São Paulo (AUN - USP) -Uma sala com maçãs penduradas e uma tela exibindo imagens surreais, sintetizadores dos primórdios da música eletrônica, fotografias de ambientes soturnos, pinturas de céus azuis oníricos e esboços suaves de paisagens. Estas são algumas das obras de arte que podem ser contempladas na Exposição Menos Vinte e Um, que mostra os trabalhos de conclusão de curso dos alunos do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações de Artes da USP, que está aberta no Paço das Artes (Av. da Universidade nº 1, na entrada da Cidade Universitária).

Novas formas de arte e técnicas clássicas foram utilizadas pelos formandos em seus trabalhos. O projeto Multiplex, desenvolvido por Bruno Palazzo, Maurício Fleury e Leandro Cunha, traz uma experiência sonora-visual. “Eu sempre me interessei muito pela música eletrônica, principalmente dos primeiros trabalhos feitos nas décadas de 1970 e 1980 por pioneiros como o Kraftwerk, New Order e Depeche Mode, entre outros. No projeto Multiplex a gente faz músicas inspiradas nesse ‘eletrônico retrô’, também com influência do Rock, com guitarra, baixo e bateria.Também mostramos os equipamentos, como sintetizadores e osciladores, utilizados por estes artistas, cujo design também é uma obra de arte. Por isso penduramos esses equipamentos, para que o público veja e também possa mexer e produzir som”, explica Bruno.

Já o trabalho de Sofia Borges utiliza a fotografia, sob influência de artistas como Cindy Sherman, Mathew Barney e Diane Arbus, que se notabilizaram pelo clima etéreo de seus retratos. As obras de Sofia mostram personagens estranhos em ambientes escuros, claustrofóbicos, com uma tênue iluminação de cores fortes, como o verde. A própria artista é personagem de um dos retratos. “Gosto de fazer auto-retratos com roupas e ambientes meio de sonho, de um passado distante. Para mim a grande influência é a Cindy Sherman, que fez álbuns fantásticos de auto-retratos com ambientação de estilos cinematográficos, como os filmes B e noir”, conta. Também com auto-retratos, Thais Emy Ohata faz uma obra diferente. “Começo” traz fotografias em close-up extremo de partes do corpo da artista.

Para os alunos, esta é uma ótima forma de terminar a graduação. Além destas obras, a exposição mostra trabalhos em pintura, escultura, fotografia e instalação dos outros formandos e fica em cartaz até 4 de janeiro de 2009.

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