ISSN 2359-5191

05/06/2009 - Ano: 42 - Edição Nº: 26 - Ciência e Tecnologia - Estação Ciência
Criador de série vista por 600 milhões de pessoas é celebrado na Estação Ciência

São Paulo (AUN - USP) - 2009, o Ano Internacional da Astronomia, teve mais um evento comemorativo, desta vez realizado pela Estação Ciência. Os 29 anos do lançamento de Cosmos, a principal obra do astrônomo e cientista americano Carl Sagan, foram homenageados dia 17 com uma série de debates e exibição de vídeos no auditório da Estação. O evento precede comemorações maiores que acontecerão em 2010.

Carl Sagan é conhecido mundialmente não apenas por seus trabalhos científicos, mas principalmente pelos seus esforços para a popularização da ciência. O livro Cosmos foi escrito para acompanhar o programa de televisão de mesmo nome apresentado por Sagan e visto por mais de 600 milhões de pessoas em 60 países. Ele conseguia a adesão do público apresentando as maravilhas da ciência de forma instigante e didática.

“Sagan era um visionário de um futuro melhor”, lembrou a debatedora Surya Bueno no evento. O cientista acreditava na ciência como ferramenta de transformação da realidade, uma forma de abrir os olhos das pessoas. “Nosso futuro depende intimamente em como conhecemos o cosmos. Podemos tornar a vida melhor e conhecer o Universo que nos criou ou podemos desperdiçar a nossa herança de 15 bilhões de anos em uma autodestruição despropositada”, disse ele no fim do primeiro episódio de Cosmos.

Na comemoração relacionou-se o lado otimista de Sagan ao mundo representado na série televisiva de sucesso Jornada nas Estrelas. O mundo do programa era melhorado em relação ao dos filmes de ficção científica, onde em geral extraterrestres invadem uma Terra devastada. Em Jornada não há fome, guerra ou pobreza. As personagens ocupam seu tempo viajando pelo espaço e se divertindo.

Apesar da confiança no progresso da espécie humana, Sagan também previu a possível destruição da Terra enquanto meio habitável pelos próprios homens. Por isso considerava como saída a ocupação de outros planetas e dedicava parte de seu tempo a estudá-los, assim como a existência de vida extraterrestre.

Nos bate-papos foram discutidas outras características de Sagan como seu método científico ceticista. Nem ateu nem religioso, o americano se aproxima do agnosticismo. Embora fosse duramente criticado por religiosos, Sagan pregava a necessidade de os cientistas manterem suas mentes abertas para a existência de mistérios maiores que o ser humano.

O cientista foi premiado por diversas instituições importantes como a NASA, a Associação Astrônomica Americana e a Associação Humanista Americana além do Prêmio Pulitzer. Sagan morreu de pneumonia em 1996 depois de enfraquecido por uma rara doença na medula óssea.

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