São Paulo (AUN - USP) - "A gente tenta fazer uma separação, uma lembrança que jornalista esportivo não é uma raça específica. É tudo jornalista, tudo igual - as regras são mais ou menos as mesmas". É o que diz Sérgio Xavier Filho, editor-chefe da revista Placar e da Runners, ambas da Editora Abril. O jornalista, que já trabalhou com reportagens sobre economia e jornal diário, deixou claro àqueles que desejam seguir carreira que devem amar o jornalismo, e não o "esportivo".
"O lado que a gente vai se encaminhar é resultado das circunstâncias que vão aparecer na nossa frente. Depende, sobretudo, das oportunidades". Em palestra aos alunos de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes da USP, Sérgio disse que as premissas para qualquer tipo de jornalista são iguais. Cultural, econômico, político ou esportivo; uma especialização não deve ser pensada enquanto se está na faculdade, na opinião do editor.
Sérgio também é um dos coordenadores que seleciona candidatos para o Curso Abril de Jornalismo. No processo seletivo, ele observa candidatos à Revista Placar que dizem amar o esporte, mas nota que estes se esquecem de amar o jornalismo.
Sérgio disse que o mercado de trabalho é como "uma máquina de pescar bichinhos de pelúcia" - "todo mundo faz as coisas muito iguais. Quem pensa diferente, procura um caminho diferente e mostra isso tem um diferencial competitivo enorme". O exemplo? Não basta entrevistar o Marcos, goleiro do Palmeiras. Diferente é colocar Marcos e Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, frente a frente, fora dos campos e numa conversa bate-bola.