ISSN 2359-5191

30/07/2010 - Ano: 43 - Edição Nº: 63 - Ciência e Tecnologia - Instituto de Eletrotécnica e Energia
Laboratório de fotometria trará pesquisador húngaro para o Brasil

São Paulo (AUN - USP) - O Laboratório de Fotometria do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP acaba de fechar um acordo de cooperação com a Universidade de Budapeste. Através desta, um professor será convidado a vir ao Brasil e trabalhará com os pesquisadores do laboratório em sua tese de pós-doutorado.

A Universidade húngara possui um renomado laboratório de ótica e a troca deverá ser muito proveitosa. “A idéia é fazer projetos de fomento juntos, comparando resultados laboratoriais”, afirma o professor José Gil Oliveira, Chefe da Seção Técnica de Fotometria do Instituto.

Outro importante benefício será na captação de recursos para viabilizar pesquisas. “Chega uma hora que o Brasil já não dá mais resposta”, argumenta Gil falando das restrições técnicas e de investimentos do país.

Laboratório de Fotometria
Criado na década de 1960, o laboratório tem como função fazer um estudo da luz, como diz seu nome (foto - luz; metria - medição). Para tal, avalia se a iluminação dos ambientes gera um conforto psicobiofísico, ou seja, se é possível de acordo com a iluminação ler, se gera ou não desconforto e/ou calor às pessoas que estão expostas a ela. Para explicar melhor, o professor utiliza como exemplo uma casa de shows. O local deveria ter uma iluminação de tom mais azul no espaço de dança, uma iluminação de tom mais amarela, perto do espaço das bebidas, para que as frutas e bebidas tenham sua cor reproduzida corretamente e não aparentem estar estragadas, já no caixa seria necessário ter claridade suficiente para que se enxerguem as cédulas de dinheiro, cartões ou cheques, sem distorção de cores.

Outra grande função do laboratório é caracterizar as fontes de luz (como lâmpadas e luminárias) para garantir que estas estejam de acordo com as Normas Nacionais e Internacionais. É a única instituição estadual, de terceira parte e neutra que faz isso no Brasil, ou seja, não sofre interferência política ou econômica nem de produtores e nem de consumidores. Por isso, é convidada, pelo Poder Judiciário, a fazer laudos sempre que há algum desacordo entre as partes.

Pesquisa e avalia outros que despontam no mercado internacional, como o LED, fornecendo suporte científico e tecnológico para as Comissões de Estudo da Associação Brasileira de Normas Técnica (ABNT) na elaboração de normas. O laboratório também trabalha no desenvolvimento de novos produtos. Ainda no campo da pesquisa, auxilia a produção acadêmica de outras unidades da Universidade, como o Laboratório de Visão do Instituto de Psicologia, Instituto de Física, FAU e Escola Politécnica.

O professor Gil garante que o laboratório tem que se antecipar nas pesquisas, já buscando futuras tecnologias. E adianta que o grupo de pesquisadores já tem como grande objetivo pensar o que vem depois dos LEDs. “Já tem produtos sendo estudados aqui e lá fora”, conta.

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