São Paulo (AUN - USP) - Resultados do EMMA, Estudo de Mortalidade e Morbidade do AVC, detectaram dados de pacientes que tiveram acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em São Paulo. O estudo rastreou 924 possíveis casos de pacientes com mais de 35 anos que passaram pelo Hospital Universitário da USP de abril de 2006 até dezembro de 2008. O objetivo é verificar as taxas de óbito e de vítimas de AVCs, uma vez que o Brasil possui as maiores taxas da América Latina de mortes por derrames cerebrais.
Dentre os pacientes estudados, a média de idade era 68 anos e 46,5% haviam tido derrames pela 1ª vez na vida. Desses casos, 84,9% tiveram AVCs isquêmicos, ou seja, quando a veia é obstruída, enquanto 15,1% foram hemorrágicos em que a veia é rompida.
Também há dados de que homens tenham mais AVCs hemorrágicos do que as mulheres: 69,2% destes casos ocorreram no sexo masculino. Já em relação ao AVC isquêmico a proporção é praticamente igual, 50,1% ocorreram em homens.
A pesquisa também mostrou que a ocorrência desses derrames está relacionada com o uso do álcool, principalmente no caso hemorrágico em que 35,4% dos pacientes tinham problemas de alcoolismo. Outros fatores são o tabagismo, a obesidade, diabetes e, principalmente, hipertensão, com 82,8% de ocorrências dentre os pacientes de AVC.
O EMMA é uma das pesquisas de coorte (pesquisa de análise prolongada) realizadas pelo HU. Os pacientes, que ficam no hospital de 1 a 5 dias, recebem acompanhamento posterior para avaliar o desenvolvimento do quadro.