ISSN 2359-5191

28/06/2003 - Ano: 36 - Edição Nº: 10 - Educação - Instituto de Geociências
Instituto de Geociências da USP terá novo curso de graduação

São Paulo (AUN - USP) - O Conselho Universitário da USP aprovou no último dia 27 de maio o curso de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental. A partir de 2004, serão abertas 40 vagas no período noturno. O curso terá duração de quatro anos e o vestibular será realizado pela Fuvest, cujo manual poderá ser adquirido entre 4 de agosto e 17 de setembro, e as inscrições realizadas em 13, 20 ou 21 de setembro.

Um dos objetivos da criação do curso é atingir a população de baixa renda, que não tem condições de freqüentar o Bacharelado em Geologia, de período integral. Desta forma, aproveita-se a capacidade ociosa dos recursos do Instituto de Geociências durante a noite, não havendo necessidade de grande dotação orçamentária extra.

O novo curso é voltado para o ensino. No lugar das matérias técnicas profissionalizantes do Bacharelado, o estudante terá desde o primeiro semestre conteúdo relacionado à educação. Além das aulas no Instituto de Geociências, outras nove unidades da USP contribuem com o currículo. “O educador formado será uma peça chave na interdisciplinaridade, na aplicação prática de matérias como a matemática, física e química”, afirma a professora Maria Cristina Motta de Toledo, responsável pela formação do novo curso.

Segundo Maria Cristina, ao contrário do que acontece em países mais desenvolvidos, como a França e Portugal, a geologia está distante do cidadão brasileiro. Devido à grande oferta de trabalho em áreas técnicas, como a mineração, os geólogos nunca deram importância à educação. Como conseqüência, a sociedade ocupa a superfície sem saber como ela funciona. Enchentes, contaminação do solo e da água, uso de recursos naturais sem a noção de seu esgotamento e deslizamentos nas encostas são alguns exemplos de problemas gerados pelo desconhecimento da geologia.

Apesar dos conteúdos de geociências constarem dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), seu ensino é fragmentado. Os livros didáticos estão repletos de equívocos e não consideram o grande conhecimento em geologia adquirido nas últimas décadas. “O que se quer [com o novo curso] é que o estudante brasileiro consiga relacionar a biologia às ciências da terra. Se ele conhecer o funcionamento da natureza, tomará posições diferentes em relação ao uso do meio físico.”, declara Maria Cristina.

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