São Paulo (AUN - USP) - O Museu Iconográfico de Saúde Pública Emílio Ribas, que contém o maior acervo sobre história da saúde pública do estado de São Paulo, está atualmente passando por uma série de mudanças que tem por objetivo reestruturá-lo e alçá-lo a um novo patamar. É o que garante Maria Cristina da Costa Marques, pesquisadora em história da saúde, professora da Faculdade de Saúde Pública (USP) e atual diretora do museu. “Houve uma grande reforma há cinco anos atrás com a intenção de torná-lo um centro de referência da memória da saúde pública”, diz a diretora Maria Cristina Costa.
No entanto, essa reforma acabou não vingando, e agora uma série de medidas está sendo tomada para torná-lo mais acessível para professores, pesquisadores e sociedade como um todo. Uma das principais medidas foi incorporá-lo ao Instituto Butantan em janeiro desse ano. “Foi o melhor espaço escolhido. O Butantan possui museus que tratam de temos relacionados à saúde pública, como o Museu de Microbiologia e o Museu Histórico”, diz a pesquisadora.
Atualmente, o museu não é aberto ao público em geral e a visitação se dá apenas por pesquisadores através de agendamento. No entanto, pretende-se mudar esse panorama e para isso, dentre outras coisas, estuda-se a criação de oficinas de memória para idosos e gestantes. “É importante que todos conheçam a história da ciência”, diz Maria Cristina.
O museu está instalado no antigo prédio do Desinfetório Central e foi criado com o intuito de preservar e divulgar a atuação do doutor Emílio Ribas, pioneiro da saúde pública paulista. Foi tombado em 1984 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). Além disso, há em torno de 1800m² de documentos relativos à história da saúde nos últimos 110 anos do estado.