ISSN 2359-5191

17/05/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 05 - Saúde - Faculdade de Medicina
Laboratório pesquisa vacina contra leishmaniose

São Paulo (AUN - USP) - Estudo realizado no laboratório de imunopatologia e leishmaniose da Faculdade de Medicina da USP, aliado ao Hospital das Clínicas, está buscando o desenvolvimento de uma vacina para a leishmaniose.

O estudo tem comprovado que o protozoário causador da doença responde da mesma forma que células humanas a uma substância, o IGF (insulin like growth factor), produzido pelo corpo humano. Essa substância agiria estimulando o desenvolvimento e a multiplicação dos protozoários dentro do organismo, contribuindo assim, na evolução da doença. O que o laboratório está buscando é uma diferença no gene do protozoário em relação ao do homem para que dessa forma possa ser criada uma vacina que, no caso da ocorrência de uma infecção, impeça sua proliferação.

A leishmaniose conhecida como úlcera de Bauru é uma doença que apareceu com intensidade no Brasil na região oeste do Estado de São Paulo quando, ainda na primeira década do século XX, houve a abertura das matas para a construção da ferrovia que passa pela região. Sua incidência havia diminuído na década de 50, no entanto, nos últimos 10 a 15 anos ela voltou a aumentar e, segundo informações do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, ela está “rumando” do interior para a capital. Isso pode estar ocorrendo devido à migração e à mudança de hábito dos insetos, vetores do protozoário, que estariam se habituando ao ambiente urbano. Nas matas, o causador da doença pode ser encontrado em animais silvestres como os roedores e marsupiais.

A contração da leishmaniose se dá a partir da picada do inseto em um animal que esteja infectado pelo protozoário. O inseto poderá infectar o homem por meio da saliva que é passada durante a picada.

Os sintomas da úlcera de Bauru são: feridas na pele e em mucosas do corpo, que cicatrizam após o tratamento.

O outro tipo da doença, a chamada visceral, é transmitida nas cidades pelos cachorros e apresenta como complicações febre, tosse, anemia, diminuição das células brancas (leucócitos) e do número de plaquetas no sangue.

As complicações desse mal são que o tratamento existente não elimina o protozoário do corpo, e o seu controle é muito difícil, afinal é quase impossível se eliminar o inseto.

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