ISSN 2359-5191

11/08/2004 - Ano: 37 - Edição Nº: 07 - Saúde - Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Frutas são alternativa barata para prevenir envelhecimento

São Paulo (AUN - USP) - O consumo diário de frutas é hábito fundamental para quem ainda pretende viver bastante e gastar pouco. Pesquisas realizadas na USP indicam que, além de serem fontes de vitaminas e minerais, as frutas retardam o envelhecimento das células, reduzem a incidência de câncer e previnem o aparecimento de doenças cardiovasculares. Além disso, o consumo in natura é boa opção de consumo a um baixo custo.

Tais benefícios são devidos ao caráter antioxidante das frutas, propriedade responsável por reduzir a produção de radicais livres no metabolismo das células. Segundo Elma Wartha, pesquisadora do Laboratório de Lípides da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, ingestão regular de frutas como o caju, a maçã e a uva pode evitar os efeitos degenerativos que esses reagentes provocam.

Os radicais livres são subprodutos naturais do processo de respiração celular, contudo o organismo os produz em excesso quando exposto a fatores extremos como poluição, atividade física intensa, calor ou infecção. De acordo a pesquisadora Fernanda Jardini, também do Laboratório de Lípides, a alta reatividade dessas espécies as levam a atacar as membranas das células, desencadeando um processo que pode levar ao desgaste celular prematuro e ao desenvolvimento de doenças degenerativas, como câncer, cegueira e doenças cardiovasculares. A boa notícia é que as frutas apresentam compostos fenólicos antioxidantes capazes de estabilizar os radicais livres.

A preocupação das pesquisadoras do Laboratório de Lípides é identificar a incidência desses compostos em cada fruta e a efetiva atividade antioxidante que eles apresentam in natura e após diferentes processamentos, como em doces e sucos. No caso do caju, testes de laboratório já comprovaram que os compostos fenólicos encontrados na polpa podem ser aproveitados pelo consumo direto do fruto, o que significa uma opção saudável até para o bolso, em especial no nordeste do país. De acordo com a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP), o quilo da fruta pode ser encontrado por menos de R$ 1,00, chegando até a R$ 0,53. Com os testes, a pesquisadora Wartha busca incentivar o consumo da polpa do caju, que embora seja antioxidante, antiinflamatória e rica nas vitaminas C e E, é comumente desprezada frente à castanha da fruta.

A literatura mundial da área já documentou o efeito antioxidante em outras fontes de fácil acesso, como maçã, uva, alecrim, sálvia, orégano, sementes de mostarda, erva-doce, salsinha, cebolinha e canela em pau. Atualmente, o Laboratório de Lípides da USP, sob orientação do pesquisador Jorge Mancini Filho, também realiza estudos na mesma linha com cacau, romã, pequi, azeitona, café e sementes de girassol.

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