São Paulo (AUN - USP) - O MAE (Museu de Arqueologia e Etinologia da USP) oferece atividades voltadas para a terceira idade. Trata-se do projeto Universidade para a Terceira Idade, que está vinculado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão. As atividades ocorrem todas as quartas-feiras das 14 às 16 horas do primeiro semestre. Desde 2005, as oficinas têm como objetivo trabalhar com a cultura material a nível de arqueologia, segundo a educadora do Museu, Judith Mader Elazari. Procuram trabalhar com os objetos pessoais dos alunos e no final fazem uma exposição no próprio Museu. Para a turma desse ano deram o nome de “Viver a Vida”, pois acreditam que com as aulas que tiveram, aprenderam que a valorização do passado pode lhes trazer grande riqueza de conhecimento. Sem contar no próprio vínculo de amizade que criaram entre si.
Maria Cecília R. Furia, 71 anos, diz que ficou sabendo das oficinas por uma amiga, e como sempre gostou de estudar, interessou-se pelo curso no MAE. Diz que nunca havia parado para pensar no valor que os objetos têm para as pessoas e no sentido que produziam em suas vidas. Para as atividades, trouxe alguns panos que pertenceram a sua avó e seu pai, que datam de 1908 e uma granada que foi usada na Revolução de 1932. “Parecem coisas bobas que estão jogadas em casas, mas aqui percebemos os seus significados”, diz.
Já Mary L. S. Yamanaka, 59 anos, disse que sua família não teve a tradição de guardar objetos. Como artista plástica, contribui para a exposição com pinturas inspirados nas peças do acervo do Museu.
Um dos alunos da oficina, Edson Mariotti, 60 anos, acompanhou os trabalhos dos colegas com fotos e criou um site para expor o resultado http://rc.com.br/maeusp/ . “Nós somos do século XXI”, brinca ao se referir a proximidade que possuem com a tecnologia.
No dia da exposição dos trabalhos e de seus objetos pessoais, tiveram uma confraternização, quando puderam relembrar tudo o que aprenderam nos quatro meses de atividades e um show de mágica com Mister Bazart, do Museu da Mágica.